A briga pelo segundo esporte do brasileiro pode ter um “invasor” virtual

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Fonte: Pixabay
O futebol é o principal esporte do país e goza desse status com seus milhões de torcedores e até feriados no trabalho quando acontecem jogos da Copa do Mundo. Portanto, na discussão de esportes favoritos dos brasileiros, a discussão sempre esteve limitada a quem é o segundo.
Essa posição mudou ao longo dos anos. O basquete teve resultados incríveis, como o bicampeonato mundial no fim dos anos 50 e começo dos anos 60. A geração de Oscar e também Hortência e Paula colocou o esporte na tela dos brasileiros.
Mas ao mesmo tempo o vôlei começou a subir de rendimento e tornou-se dominante no começo dos anos 2000 com Bernardinho no comando e “Giba neles”. A seleção feminina também teve resultados sensacionais com José Roberto Guimarães.
Como ídolos não faltam no esporte brasileiro, a Fórmula 1 também trouxe pelo menos três grandes nomes: Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna, que somados tem 8 campeonatos da maior categoria do automobilismo.
Entretanto, como pode ser observado, todos esses esportes tiveram seus picos de interesse e audiência no Brasil quando tinha um ídolo ou uma equipe campeã. O mesmo serve para a natação com Cesar Cielo, o tênis com Gustavo Kuerten ou a ginástica com Daiane dos Santos. Mas um esporte que pode realmente consolidar sua posição no ranking e no coração dos brasileiros e, quem sabe, até brigar com o futebol no futuro são os e-Sports.
Crescimento exponencial, inclusive no Brasil
O blog da Betway preparou um material intitulado “Pátria de Mouse, Teclado e Controle”, usando o velho termo pátria de chuteiras usado por Nelson Rodrigues. Os números são realmente impressionantes: para cada jogador amador que calça suas chuteiras para jogar futebol há dois gamers que estão de olho em um celular, computador ou televisão.
Se a febre dos e-Sports é relativamente recente, especialmente para o grande público, as sementes foram plantadas há décadas com videogames como o Atari, Super Nintendo e posteriormente o Playstation e o Nintendo 64.
O próprio Counter Strike, que é um dos games mais famosos do mundo e estrela das competições de e-Sports já era jogado aqui no Brasil no começo dos anos 2000.
Por isso já temos gerações de jogadores e não só garotos millenials. No conteúdo produzido pelo site de bets em eSports Betway um dos entrevistados é Douglas Souza, jogador de vôlei medalhista olímpico em 2016, que virou streamer e explica como seu amor surgiu com títulos antigos em sua infância. Sua história é a de outros milhões.
O surgimento de diversas equipes – inclusive ligadas a clubes de futebol, uma tendência também observada na Europa – e a mídia orgânica gerada pelo interesse e divulgação de celebridades, atletas famosos (como Neymar) e a cobertura de veículos de imprensa tradicionais fizeram o palco ficar ainda maior. Há competições no Brasil com prêmios grandes, torcida nas arquibancadas e grandes patrocinadores.
Organização e inteligência podem criar evolução ainda maior
Não é novidade para ninguém que clubes, federações e confederações dos esportes mais tradicionais sempre tiveram dificuldades com o planejamento, aproveitamento de oportunidades e criação de estrutura. Vide o legado deixado pela Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil: próximo do zero, apesar do investimento bilionário.
Os esportes citados – basquete e vôlei especialmente – sofrem até hoje com esse problema e por isso mesmo com revelação de talentos e interesse, o resultado não é tão bom quanto deveria ser.
Nos e-Sports o potencial não é desperdiçado porque existe maior profissionalismo na gestão e organização de eventos, algo que não pode ser mudado mesmo que se adote uma estrutura mais tradicional.
Ajuda também o constante interesse das pessoas, que podem assistir jogos por streaming e jogar os games. Esse é um grande benefício dos e-Sports que uma categoria como a Fórmula 1, por exemplo, não tem. A possibilidade de ver um torneio de FIFA e logo depois dele acabar, ligar o jogo e poder jogar contra o computador ou com pessoas do mundo inteiro pela live cria uma proximidade e engajamento incríveis.
Por isso o termo escalável se aplica aos esportes eletrônicos. Com mais pessoas conhecendo é de se esperar que os fãs se multipliquem, assim como o tamanho do ecossistema e os valores envolvidos. Logo a discussão sobre qual é o segundo esporte do Brasil não terá muitos argumentos contrários para a resposta “são os e-sports”.