Celsinho, do Londrina, é alvo de racismo pela terceira vez na Série B; Brusque nega

Esportes
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O empate entre Brusque e Londrina no último sábado, pela Série B, ficou marcado pelo relato do meio-campista Celsinho. O jogador afirmou ter sido alvo de racismo, ao ser chamado de macaco por alguém que estava no camarote do time catarinense.
No final da partida, o atleta do Londrina comentou sobre o episódio em entrevista ao SporTV: “Eu não sei se ele faz parte da comissão técnica, da diretoria, é um senhor de vermelho que se encontra no camarote”, iniciou.
“É lamentável, ainda mais se tratando de um ato desse, mais uma vez. Uma equipe de porte médio baixo recém-promovida à Série B de Brasileiro estar cometendo um ato desses é inadmissível, mas as providências serão tomadas”, continuou o jogador.
Em nota oficial, o Brusque repudiou o caso e disse que vai tomar “todas as medidas cabíveis para a responsabilização do atleta pela falsa imputação de um crime”. O clube reforçou ainda que “sua torcida, diretoria, comissão técnica e patrocinadores sempre foram respeitosos com relação a todos os princípios que regem as relações desportivas e humanas”.
O Botafogo se posicionou e se manifestou sobre o acontecimento. Através do Twitter, desejou forças a Celsinho, alvo de racismo pela terceira vez. O jogador recebeu comentários racistas de narradores e comentaristas de emissoras da rádio de Goiás e do Pará, durante outros jogos do Londrina nesta Série B. Nos dois casos, os profissionais pediram desculpas e foram afastados das emissoras.
— Botafogo F.R. (@Botafogo) August 30, 2021
Confira a nota completa do Brusque
O atleta Celso Honorato Júnior, reserva do Londrina E.C., relatou à imprensa que teria sido chamado de “macaco” por membros da Diretoria do Brusque F.C., durante o jogo realizado ontem (28/08).
O Brusque F.C., sua torcida, diretoria, comissão técnica e patrocinadores sempre foram, ao longo da sua história, absolutamente respeitosos com relação a todos os princípios que regem as relações desportivas e humanas. Jamais permitiríamos qualquer atitude de conotação racista em nosso Clube, que condena veementemente qualquer pensamento ou prática nesse sentido. 
O atleta, por sua vez, é conhecido por se envolver neste tipo de episódio. Esta é pelo menos a 3a vez, somente este ano, que alega ter sido alvo de racismo, caracterizando verdadeira “perseguição” ao mesmo. Importante esclarecer que, ao árbitro, o atleta não relatou ter sido chamado de “macaco”, mas sim que teriam dito “vai cortar esse cabelo de cachopa de abelha”, o que constou da súmula e revela a total contradição nos seus relatos. 
O Brusque F.C. reitera que nenhum de seus diretores praticou qualquer ato de racismo e tomará todas as medidas cabíveis para a responsabilização do atleta pela falsa imputação de um crime. Racismo é algo grave e não pode ser tratado como um artificio esportivo, nem, tampouco, com oportunismo.