Paulinho fala sobre ouro em Tóquio e relembra processo de transferência ao Bayer Leverkusen

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Depois de perder praticamente toda a temporada passada por conta de uma grave lesão no joelho direito, o meia Paulinho vai aos poucos tentando se firmar no Bayer Leverkusen. E o brasileiro está vivendo um bom momento, que começou com a conquista do ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em julho.
“É maravilhoso. Fico realizado por ter feito parte dessa conquista para meu país. Sempre sonhei em disputar grandes competições pela seleção. Cresci com esse sonho e fico muito feliz de poder ter ganho essa medalha de ouro para o Brasil”, comentou em entrevista a Bundesliga.
“Logo de cara a gente fica em choque, de uma forma positiva. É uma competição com muita tradição para os brasileiros. Sempre lutamos duro para conquistar essa medalha de ouro, ganhamos a primeira no Rio2016 e agora fomos em busca da segunda em Tóquio. Para nós é muito importante e fomos recebidos de forma muito calorosa pelos brasileiros, fico realizado com isso”, completou.
Titular nos últimos três compromissos do Bayer, Paulinho destacou que já está se sentindo 100% recuperado da lesão. O brasileiro precisou passar por uma cirurgia no ligamento cruzado anterior do joelho direito.
“Agora me sinto bem, totalmente recuperado, 100% pronto para fazer o que amo. Claro que não é fácil para um jogador ficar de fora por tanto tempo. Agora me sinto ótimo por ajudar meu time, ter participado da conquista da medalha olímpica e espero não ter mais lesões”, analisou.
Revelado nas categorias de base do Vasco, o atleta de 21 anos deixou o time carioca depois de apenas sete gols e 35 compromissos no elenco profissional, mas foi tempo suficiente para ele chamar a atenção do clube alemão.
“Eu estava em um grande momento no meu antigo clube, o Vasco. Tive um bom número de gols, assistências e uma boa temporada. O Bayer já tinha demonstrado interesse em mim até que machuquei meu cotovelo e eles fizeram de tudo para me trazer para cá”, comentou.
“As maiores diferenças são a cultura, a língua e o ambiente ao qual não estamos acostumados. Mas a recepção da torcida foi maravilhosa e estou muito feliz com o apoio que recebo todos os jogos. Espero sempre retribuir com grandes performances, gols e assistências para ajudar o Bayer”, acrescentou.
Por fim, Paulinho ainda projetou qual deve ser a briga do Bayer na atual edição do Campeonato Alemão. No momento, a equipe está em sexta, com sete pontos conquistados em quatro jogos.
“Temos um grupo com muita qualidade, somos jovens e estamos com um grande sonho nessa Bundesliga. Podemos almejar os primeiros lugares, se não foi possível o título, ao menos a vaga na Champions League seria muito importante para o clube. Penso que somos capazes de alcançar esses objetivos”, destocou.
“É uma das 5 ligas mais importantes do mundo (Bundesliga), estou muito feliz por estar jogando aqui e vivenciar esta atmosfera inigualável, que nos dá mais energia em campo em busca dos objetivos e podemos dar aos torcedores do Bayer o que eles querem ver”, finalizou.
Confira outras respostas do Paulinho:
Brasileiros que brilharam com a camisa do Leverkusen.
“Eu falei com o Zé Roberto e com o Paulo Sérgio que jogaram aqui e me deram ótimas recomendações sobre o clube e pude comprovar tudo quando cheguei aqui.”
Apoio durante a pandemia
“Foi muito difícil quando entendi tudo que estava acontecendo. Mas minha família me deu um grande apoio. Durante a pandemia ficamos separados da parte da família que ficou no Brasil. Meu pai, minha mãe e meu irmão moram comigo na Alemanha e estiveram sempre ao meu lado, apoiando e me ajudando a focar na recuperação. Foi feito tudo certo e agora posso voltar a fazer o que eu amo.”
Sonho de criança
“Meu primeiro sonho sempre foi ser jogador de futebol e conquistar meus objetivos. Sempre quis jogar pela Seleção Brasileira, quando tinha 14 anos foquei nisso e tive diversas convocações nas categorias de base. Fui campeão sul-americano sun-15 e sub-17, terceiro lugar no mundial sub-17 e venci a medalha de ouro na Olimpíada. São momento inesquecíveis e que sempre sonhei. Para as crianças no Brasil é um sonho vestir a camisa da seleção em grandes competições.”
Família é louca por futebol?
“A palavra é essa mesmo, meu pai tentou ser jogador profissional, meu irmão também e isso me encorajou muito a tentar. Me sinto realizado de fazer o meu sonho e o deles se tornar realidade. Todo o esforço e dedicação valeram a pena para fazer esse sonho virar realidade.”
Ídolo no futebol
“Muitos jogadores passaram pelo Vasco, como Romário, Edmundo, Juninho Pernambucano, Pedrinho, Felipe… Jogadores que fizeram sucesso não só no Vasco, mas por onde passaram. Eles sempre foram meus ídolos de infância e me espelhei neles para chegar aonde cheguei hoje e realizar meus sonhos. Romário e Edmundo foram os que mais me motivaram para olhar para o futuro e querer ser jogador de futebol.”