Cássio escolhe maior defesa da carreira e relembra momentos marcantes pelo Timão

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O goleiro Cássio, do Corinthians, é conhecido por, muitas vezes, salvar bolas impensáveis embaixo das três traves corintianas. Em entrevista à Corinthians TV, o ídolo do Timão relembrou seus principais momentos com a camisa do clube e escolheu a maior defesa que já fez.
Como não poderia deixar de ser, o goleiro falou sobre a importância de ter mandado para escanteio o chute de Diego Souza, em partida contra o Vasco, pelas quartas de final da Libertadores de 2012. Se aquela bola entrasse, as chances do Corinthians de vencer o título inédito, como acabou vencendo, seriam muito menores.
”Quando eu parar de jogar futebol, quando eu estiver velho, quando se falar em Cássio, não tenho a menor dúvida que vão lembrar dessa defesa”, comentou.
E o milagre frente a Diego Souza foi fundamental para o Timão vencer a Libertadores e o Mundial naquele ano. Cássio aproveitou para falar sobre a estreia da equipe no torneio no Japão, pelas semifinais contra o Al Ahly, do Egito. A partida foi complicada para a equipe brasileira, que venceu por 1 a 0 com gol de Paolo Guerrero.
”Era nossa estreia. Ficamos um pouco nervosos pela primeira partida. É uma pressão muito grande quando se vai ao Mundial. Todo mundo fala que é o time europeu contra o time sul-americano, que tem que chegar na final. Há uma pressão muito grande, mas conseguimos fazer o gol e controlar bem. Em alguns momentos o time deles foi melhor que a gente, mas conseguimos controlar bem aquele jogo”, analisou Cássio.
Mais tarde naquele Mundial, o goleiro mais uma vez foi protagonista, salvando o Corinthians em diversas oportunidades durante a grande final contra o Chelsea, também vencida pelos brasileiros por 1 a 0, com gol de Guerrero. Dentre todas as defesas daquela noite no Japão, Cassio contou qual foi a mais difícil.
”Foi a primeira. Quanto teve o escanteio, dá um bate-rebate e sobra, o cara chuta de muito perto e eu consigo defender com a perna. Creio que, em todos os sentidos, foi uma defesa de uma dificuldade bem grande. E era no começo do jogo, se tomamos aquele gol ali, poderia mudar completamente a história”, contou.
Mesmo anos após o título e o prêmio de melhor jogador da competição, Cássio conta que sua ficha ainda não caiu.
”Todo o time foi premiado, mas eu acabei ganhando um prêmio a mais que foi ter sido escolhido o melhor jogador da competição. Eu nem sabia o que estava acontecendo. Eu não tinha dimensão do que a gente tinha conseguido e até hoje eu não tenho. A gente foi, acreditou e conseguiu fazer o que muitos disseram que era impossível”, disse.
Os títulos do goleiro pelo Timão não pararam por aí. Em 2015, sob o comando de Tite, Cássio foi mais uma vez peça importante no elenco campeão brasileiro daquele ano. Para o arqueiro, aquele time foi marcante.
”No meu ponto de vista, tínhamos um super time. Começamos o Brasileiro meio desacreditados, mas foi um dos times que eu mais vi ser regular e jogar um futebol tão legal em um campeonato. Desde que começamos e assumimos a ponta, nunca fomos ameaçados no campeonato, caminhamos tranquilamente para conseguir o título”, relembrou.
Dois anos depois, o Corinthians voltou a vencer o Campeonato Brasileiro, em 2017. Para aquele título, mesmo com um elenco desacreditado, Cássio falou sobre a importância da chegada de Fábio Carille, atual treinador do Santos, ao comando da equipe.
”Ninguém acreditava. Aí chegou um treinador com muita vontade de trabalhar e de agregar. Tínhamos trabalho, pés no chão, e meninos que tinham subido da base e com vontade de vencer. Unimos tudo isso, com o Fábio sendo o mentor. Acreditamos no trabalho dele e conseguimos ganhar bem o Campeonato Paulista e sobrando no primeiro turno do Brasileiro. No segundo oscilamos um pouco, mas no momento decisivo, nos confrontos diretos, o time mostrou o quanto queria ser campeão”.