Renato Augusto rasga elogios a Sylvinho no Corinthians: “Pode ser um dos maiores em pouco tempo”

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Renato Augusto tem 33 anos e uma carreira com passagens de sucesso por equipes no Brasil, do exterior e até com a camisa da Seleção. Com toda essa bagagem no futebol, o camisa 8 do Corinthians se mostrou muito confiante com o trabalho que vem sendo desenvolvido por Sylvinho, que está vivendo apenas sua segunda empreitada como técnico de futebol.
“Sylvinho é um cara de altíssimo nível, jogou em Barcelona, Manchester City, Arsenal, é um cara que entende muito de futebol, estudou bastante, trabalhou bastante com o Tite, que é, talvez, o maior treinador com quem eu trabalhei. Ele tem total confiança nossa, dá abertura para nós, sempre me deu abertura, entende o que é o Corinthians”, afirmou Renato, durante entrevista coletiva nesta quinta-feira, antes de completar sobre a pressão vivida por Sylvinho antes do Derby com o Palmeiras.
“Ele nos ajudou bastante quanto a isso, na parte emocional. Pode vir a ser um dos maiores treinadores aqui no Brasil em pouco tempo. Estuda bastante, entende do jogo, claro que vão ter erros e acertos, e temos de ter compreensão com isso, como temos com um companheiro que erra um passe, um chute. E o mais importante é que ele tenta o melhor para o grupo. Tem total confiança nossa e acho que estamos no caminho certo”.
Durante a conversa com os jornalistas, Renato Augusto também admitiu sua posição preferida em campo, falou sobre Paulinho e chance de título.

Veja outros trechos da entrevista coletiva de Renato Augusto:

Volta da torcida
“Não precisa nem falar muita coisa. É só olhar os números, a diferença que faz a torcida, o adversário sente a pressão, é de fundamental importância. Nesse último jogo, a gente tomou gol e a torcida começou a cantar mais, o jogo muda. Daqui pra frente temos tudo para caminhar juntos”.
Chance de título
“Há pouco tempo, falavam até de rebaixamento. O momento não é esse. O momento é se consolidar, crescer, estamos em construção, o momento é pensar no próximo jogo, sem criar expectativa, jogar, bem e ganhar confiança, que é o mais importante”.
Como suportar sequência de jogos
“Difícil dizer jogo a jogo, porque temos os especialistas para ajudar no pós-jogo, a gente faz alguns exames para saber se temos condição de jogo ou não, é difícil, tem de tomar um pouco de cuidado, mas isso é jogo a jogo que a gente vai ver, sem correr nenhum risco grande de ter um problema maior, sem muita pressa quanto a isso, respeitando o corpo. Claro que é um calendário um pouco agressivo, você joga a cada três dias, com viagens, jogos desgastantes, então, é aproveitar para crescer fisicamente, tecnicamente e quando achar que tem um risco, é ficar fora de um jogo ou outro”.
Adaptação a Cantillo
“Quando cheguei, ele não vinha jogando, então, a gente treinava no mesmo time, fui me adaptando ao jogo dele, ele não tem o mesmo poder de marcação que o Gabriel, mas tem a qualidade técnica, então, você vai precisar ajudar ele, dar apoio, o Giuliano entende a função, e a gente procura dar a sustentação, porque ele dá isso nos passes entrelinhas muito bom, mas essa questão de marcação parte de todo mundo, desde quem está lá na frente até Gil e João”.
Lições para Mantuan sobre lesões
“Mantuan é um menino que eu gosto muito, a gente tem uma amizade legal, passei por situações assim, ele sabe que pouco a pouco vai voltando, voltou a treinar bem, em ato nível, então, aos poucos, os espaços vão aparecendo”.
Condição para o jogo
“A gente fez os testes, vamos ter um dia a mais, desde dezembro eu não vinha fazendo jogos assim, temos de tomar cuidado, é o momento de entender o corpo, mas estou me sentindo bem, que é o mais importante”
Teste como 1º volante e preferência
“Eu já tinha jogado assim, fiz a Olimpíada toda de primeiro volante, na China fiz algumas vezes também, mas minha função, a que eu mais gosto é de 8, de meia. A gente conversou sobre isso, claro que em alguns momentos vai precisar, como foi contra o Bragantino, quando acabei até fazendo o gol, mas eu procuro agora ficar realmente mais perto da área, estar pisando na área. Aprendi muito com jogadores que joguei, mais novo eu não tinha tanto essa ideia, tive o prazer de jogar com Elias, Paulinho, que têm o feeling do gol, essa infiltração. Procurei aprender com eles e entrar na área para fazer mais gols”.
Entrosamento rápido
“Sinceramente, achei que fosse demorar um pouco mais, mas encontramos um grupo que já tinha uma identidade, com jogadores bons, isso também ajuda. Muita gente fala dos quatro que chegaram, mas não podemos esquecer do elenco, até jogadores jovens dando uma resposta muito grande. Foi um conjunto que fez o Corinthians crescer, tem um mérito muito grande dos que aqui estavam, mas, pra mim, foi uma surpresa, porque é muito pouco tempo, chega numa competição que está a 200 por hora, e você praticamente iniciando. Talvez, esse sucesso se deva muito aos jogadores que aqui estavam”.
Adversários de blocos diferentes
“O Brasileiro é tão diferente de tudo que todos são difíceis. Você vai pegar o último e, de repente, o líder e os jogos vão ser do mesmo nível. É um nível muito alto, a gente já perdeu pontos importantes em jogos assim, então, temos de encarar como uma final, não tem para onde correr, temos de fazer mais uma final”.
Malcom x GP
“Aqui sempre surgem jogadores de qualidade. O GP é um pouco diferente do Malcom, mas está surgindo em um caminho igual, sendo importante no momento importante, tem uma capacidade de drible muito grande, no um contra um é espetacular, temos o Adson também, que vivia um momento muito bom antes da lesão, Vitinho, Mantuan… Tem muito jogador bom. Essa mescla com os mais experientes pode nos ajudar bastante e, talvez, ser a chave para o sucesso”.
Cantillo x Gabriel
“A gente tem de se adaptar ao cara ao seu lado. O Canti te dá esse passe e você sabe que tem de dar mais suporte pra ele e jogar mais próximo. Pra mim, não tem nenhuma dificuldade em fazer isso. E o Gabriel te dá um pouco mais de liberdade para sair mais. Não vejo melhor ou pior, e sim se adaptar e potencializar o seu jogo. Os dois são importantes. Não tem como falar esse é melhor que esse, até porque são diferentes. Em algum momento um vai jogar mais que o outro. Precisamos do grupo forte”.
Paulinho como 1º volante
“Acho que ele já fez essa função algumas vezes, uma característica um pouco diferente, essa questão tática é com o Sylvinho, não sei como ele vem jogando, mas é um cara do mais alto nível e, se vier, vai ser de grande valia para nós”.