Sylvinho explica escolhas e valoriza nova vitória em Itaquera: “Nosso torcedor empurra demais”

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O Corinthians venceu a quinta seguida na Neo Química Arena. Agora, são quatro jogos com público em Itaquera e o aproveitamento é de 100% dos pontos disputados. A vítima da vez foi o Fortaleza, neste sábado, de novo com gol salvador no final do confronto.
Em entrevista coletiva, Sylvinho valorizou a participação da Fiel, que foi representada por 36 mil torcedores nesta 30ª rodada do Campeonato Brasileiro.
“Evidentemente que nosso estádio, cheio, e o que representa o torcedor, ajuda demais. Os números estão aí. Com a Chapecoense, são três esquemas táticos diferentes, substituições, e, de repente, já não tem mais a tática, técnica, é a alma, e fizemos um gol pela beleza de um estádio que te empurra. Hoje, não foi diferente. Mudanças táticas, técnicas, mas um final de jogo maravilhoso. Nosso torcedor empurra demais”.
Sobre as decisões tomadas à beira do gramado, Sylvinho rasgou elogios a Cantillo, mas fez questão de ressaltar a importância de todos os atletas, e cutucou.
“Quando eu coloquei Cantillo, recebi muita crítica. Aliás, eu tiro o Cantillo e também recebo crítica”.
“A entrada do Gustavo foi ótima, muito boa, decisão importante da comissão. O jogo tomou uma proporção diferente no segundo tempo, a bola no pé não interessava mais com GP, queríamos o espaço, e o Gustavo funcionou muito bem. Jô entra e dá sustentação. Cantillo, antes, começa a fazer o time tocar a bola com mais tranquilidade, tem uma saída excepcional, repito, excepcional, a bola parou de ficar nervosa. E Jô entra e cumpre muito daquela função de retenção, de área. Os atletas entraram muito bem, ajudaram o grupo e é essa a força. Em outros momentos vão entrar outros jogadores”.

Leia outros trechos da entrevista coletiva de Sylvinho:

Posição de Renato Augusto
“O Renato é um atleta de uma versatilidade muito grande, que tem dado passes para frente, ao contrário de atletas que, no decorrer de suas carreiras, vão atrasando as etapas no campo. O Renato tem condição de fazer um falso 9, um segundo atacante, pode jogar na meia, como volante, é um jogador de muita versatilidade, qualidade técnica”.
Linhas baixas no 1T e altas no 2T
“Um jogo de futebol tem 90 minutos. A intenção, quando montamos, é tirar o melhor proveito, mas do outro lado também tem adversário. Não existe um jogo que você faça 90 minutos melhor. Sempre tem um time do outro lado. São enormes possibilidades. Tentamos, mas do outro lado tem um time qualificado, não de agora, de anos, e com o passar do jogo, vai se abrindo o campo, você tem as linhas mais fechadas, você não consegue explorar. No segundo tempo, com o cansaço, abre-se campo. Isso ocorreu com a Chapecoense e voltou a acontecer aqui. Quando não acontece o gol para te dar tranquilidade, você tem de estar insistindo, e isso aconteceu mais uma vez, e fomos premiados com o gol”.
Melhoras no 2T
“Foi explicado na pergunta anterior, parecida, com a complexidade nos 90 minutos, você vai abrindo o campo”.
Paciência do time
“Sim, essa é uma virtude que é difícil, porque quando o gol não vem rápido, e tivemos duas ou três chances, e ele não sai, você tem de ter paciência. Apressar te leva a erros. Minha análise do primeiro tempo é que nós apressamos demais. Tecnicamente, começamos a ter erros, atletas de alto nível começaram a errar passes. No segundo tempo, a paciência começou a ocorrer, e tínhamos de desenvolvê-la, porque do outro lado tinha um adversário forte. A virtude foi de ter paciência, as substituições foram bem feitas e o estádio nos ajudou muito”.
Ideia de ser ofensivo desde o início
“Uma construção de time, não esqueçamos nunca, que é uma construção importante. Começamos ali contra o Atlético-GO, quando ninguém imaginava que pudéssemos estar onde estamos, de tudo que está sendo desenvolvido. O time vai ganhando corpo. Tivemos Cantillo, Gabriel, volta Cantillo, volta Gabriel, teve Adson, hoje é Róger, era Jô, agora é Renato. Vai se mudando, é uma construção. Não caracteriza um time a sua ofensividade quatro centroavantes juntos. O time tem de ser equilibrado, os números mostram que o caminho é esse, estamos potencializando, conhecendo os atletas, e temos melhorado no segundo tempo. Temos tido boas substituições, isso é mérito do elenco, dos atletas, que têm entrado e ajudado bastante o time”.
Interesse mexicano em Araos
“Araos, assim como os demais, é um assunto que está sendo tratado pela diretoria. Dos atletas que estão à disposição eu treino e atuo”.
Cantillo como titular
“Quando eu coloquei Cantillo, recebi muita crítica. Aliás, eu tiro o Cantillo e também recebo crítica. É o time. Cantillo vem jogando num tripé de meio-campo desde a terceira rodada, ficou fora um ou outro jogo, uma pequena lesão, uma indisposição, até um certo momento, o time vai encontrando outro corpo. Gabriel volta e dá conta. Cantillo fez ótimos jogos, Bragantino, Palmeiras, depois, por outras conexões de meio campo, não é só de meio campo, é de time, houve uma importância de Gabriel, e hoje, mais uma vez, Cantillo entrou e respondeu positivamente. É um dos titulares desse time, assim como Gustavo, que faz parte desde o primeiro jogo, quando se pairava muitas dúvidas. Seguimos com todos. Vamos trabalhar com todos. Espero que ele volte, sim, da seleção colombiana. Aliás, nasceu seu filho, se chama Thiago, veio a convocação, é uma semana que ele está contente, enquanto a gente segue dando sequência no trabalho”.
Não utilização de Mantuan e Luan
“Eu prefiro falar dos atletas que entraram. A entrada do Gustavo foi ótima, muito boa, decisão importante da comissão. O jogo tomou uma proporção diferente no segundo tempo, a bola no pé não interessava mais com GP, queríamos o espaço, e o Gustavo funcionou muito bem. Jô entra e dá sustentação. Cantillo, antes, começa a fazer o time tocar a bola com mais tranquilidade, tem uma saída excepcional, repito, excepcional, a bola parou de ficar nervosa. E Jô entra e cumpre muito daquela função de retenção, de área. Os atletas entraram muito bem, ajudaram o grupo e é essa a força. Em outros momentos vão entrar outros jogadores”.
Avaliação sobre Renato Augusto como falso 9
“Eu tenho o entendimento, e eu converso com muitos do futebol, ele pode fazer falso 9, pode fazer o meio, o primeiro… são características que o atleta empresta ao clube, eu não vou negligenciar nenhuma, porque futebol é conexão. Eu coloco ele novamente de atacante, ele faz dois gols, aí ele serviu? O Renato empresta muita coisa. Enquanto enxergarmos possibilidade do Renato potencializar o time assim, vamos fazer. O que não vamos fazer é colocar Renato de latera esquerdo. Essas coisas não vamos fazer, vamos fazer o que o mundo propicia, o óbvio, ajuda o time e vamos continuar trabalhando com possibilidades máximas e conhecimento de causa. Estamos falando de cinco meses de trabalho, temos de continuar melhorando”.
Atuação de Mosquito
“É um dos titulares desse time, teve um começo muito bom, de transição rápida, potência, entrou bem no jogo, havia uma questão estratégica, porque o adversário marcava uma linha de cinco e a bola no pé do GP não estava funcionando, a entrada de Gustavo dá espaço de campo”.
Vitórias na raça como técnico e jogador
“Estando em campo, a gente libera toda a adrenalina, libera lá, dá um carrinho, faz um cruzamento, ter o entendimento de gol, passo, não passo, toda essa adrenalina. Muito melhor, evidentemente, como atleta. Como treinador, a gente sofre muito, mas me sinto um privilegiado, provar disso como técnico de um clube que não é grande, é enorme. É melhor como atleta, mas gostoso também como treinador”.
Projeção
“A forma que a gente tem de trabalhar é realmente buscando o melhor para o próximo jogo. Não dá tempo. São poucos dias, amanhã já vamos acordar pensando no próximo jogo, adversário difícil, complicado, não dá para projetar outros jogos. Você vai cair num erro. No meu entendimento, dá para ir jogo a jogo, e vamos depositar nossas forças para o jogo contra o Atlético-MG.