Sylvinho sai em defesa de Gabriel e valoriza atuação do Corinthians: “Fizemos um grande jogo”

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Sylvinho minimizou a oscilação do Corinthians dentro e fora de casa e valorizou a atuação sobre o Santos, que culminou com a vitória por 2 a 0, na Neo Química Arena, neste domingo, com umas das melhores atuações da equipe no Campeonato Brasileiro.
“Fizemos um grande jogo. Cada jogo é um jogo e tem uma história, um estádio, são muitas diferenças. Fizemos um bom jogo, clássico é sempre difícil, controlamos praticamente parte inteira, boa performance, bom desempenho e merecemos o resultado positivo”.
O técnico falou sobre algumas atuações individuais durante a coletiva de imprensa, mas deu mais atenção ao tema sobre Gabriel, que marcou gol e se emocionou ainda no gramado.
“Parte do trabalho, pelo menos a função, é tático, técnico, físico, mas ele é humano. Eu aposto por grupo, por homens, buscamos almas. Às vezes, fico chateado quando vejo críticas pesadas a um atleta de se entrega como o Gabriel. Todos os atletas têm limites e limitações, físicas, técnicas ou táticas, e o Gabriel se doa demais”, comentou o técnico.
“Nessa construção nossa ele jogou o primeiro turno todinho, no segundo (turno) houve mudanças, veio mais atrás, tem o respeito dos companheiros, e eu entendo ele, ficou chateado, triste, mas somos profissionais, temos de entender as criticas, inclusive quando me foi perguntado sobre o limite das críticas, eu disse: todos nós, seres humanos, sabemos o limite da crítica’. De tal maneira, somos vidraça, vamos continuar trabalhando, mas satisfeito, muito feliz, pelo trabalho do Gabriel, pela comissão e os companheiros, que apoiaram. E logo depois (do jogo), no começo da semana, nos primeiros dias de trabalho, estávamos ali, buscando, trabalhando esse atleta, a nível humano, para ele estar em campo. Feliz pelo resultado, pelo desempenho e pelo gol do Gabriel. Parabéns, Gabriel”, completou Sylvinho.

Veja outros trechos da entrevista coletiva de Sylvinho:

Ameaça aos filhos
“Eu sou um profissional do futebol, como atleta tive 15 anos, sabemos que somos pessoas públicas, estamos acostumados com todo tipo de críticas, existe o Sylvio profissional. Nossa preparação foi normal, boa, e a prova foi um grande desempenho e a vitória merecida”.
Desafio fora de casa
“Cada jogo é um jogo, tem uma história e se apresenta de uma forma diferente daquilo que a gente prevê, pensa. Começamos o primeiro turno com um time que vencia fora e não conseguia em casa. A critica era: ‘o Corinthians em casa não constrói’. O campeonato é difícil, foi mudando, o time está crescendo, estamos no G4, do qual faz muito tempo que não está, grande trabalho do vestiário, de todos, estamos felizes. Melhorar? Sempre há margem de melhora, mas cada jogo se mostra de uma forma e de uma maneira, óbvio que trabalhamos para ganhar fora também. Teoricamente, os jogos fora são mais difíceis, têm componentes mais complicados, mas nosso trabalho é melhorar. O time está tendo uma performance boa em casa e fora temos de dar uma melhorada”.
Pressão sobre o trabalho
“Faz parte, as pressões ocorrem, o trabalho está sendo muito bem feito, temos números positivos, uma terceira melhor defesa com o time mais disciplinado. Um time leal, toma poucos cartões, proporciona um futebol, competimos. Entrar no G4 há cinco meses era impensável, mas é o trabalho do grupo. Isso não acabou, vai até a última rodada, e os jogos vão ficar mais difíceis”.
Vaias e decisão de ficar em 2022
“Minha preocupação maior, única e exclusiva, é trabalhar, me dedicar, são 12 horas diárias no CT, com muita alegria, alinhado com todas as áreas do clube, apoiado pelo presidente, pela diretoria, também pelos atletas, por todo o trabalho que é feito, temos todo um staff, nosso ambiente interno é extremamente positivo, os atletas têm ecoado nas entrevistas, voltamos aos números, à performance, a um lugar importante, que é um G4”.
Jô bem e alternativas sem sucesso
“Outros clubes, outras comissões fazem o mesmo. Jô é um atleta corretíssimo, que está absolutamente entregado, comprometido com o trabalho, com o grupo, saiu do Terrão e está pronto para ajudar, como têm ajudado. Dá essa característica do 9, mas em decorrência de muitos jogos, algum problema, se não vamos utiliza-lo, temos de buscar no elenco. Vejo de forma natural, como vejo em outros clubes, e me admiro com a surpresa (externa). Quando um atleta não pode fazer 38 jogos, tem de buscar alternativa. Enquanto o Jô estiver jogando e fluindo, ótimo, mas num campeonato como esse, jogando quarta e domingo, tem de buscar alternativas, e é isso que vamos fazer. Não é um problema, mas em alguns jogos funcionou”.
Setores funcionaram
“Fomos superiores, um grande adversário, jogo difícil, os pontos estão aí, todos buscando objetivos, era muito importante uma vitória. Todos os setores funcionaram bem, fico feliz com a organização do time. Tivemos uma defesa bem postada, um meio que protege bem, atacantes com funções defensivas, ao contrário também tem ocorrido, o jogo nos propiciava a retenção do Jô. Algo que fizemos muito bem foi ter paciência em casa, porque o gol demorou a sair. Isso gera contra-ataque, falta de confiança, você começa a se perder, mas não ocorreu. Falamos no intervalo, os atletas entenderam, ao ponto de fazer um gol, fazer o segundo e terminar superior na partida”.
Nota ao comando
“Vocês que dão nota, eu não tenho essa pretensão. Me deu a impressão que você reconhece um trabalho, mas não temos pretensões de analisar nosso trabalho. Vai ser difícil, não vai ser fácil, teremos de continuar trabalhando, contente pelo momento do time, fazia tempo que não entrávamos no G4, é um clube enorme, maravilhoso, conheço bem, estou feliz com tudo que tem acontecido, os atletas se sentem bem com a qualidade do trabalho, de olhar cada um nos olhos, é o que temos feito, com muito suor, mas vou deixar a nota, você que diz, fica por conta de vocês. Não dava como atleta, vou dar agora, como treinador? De forma alguma”.
Du Queiroz
“É um atleta que eu gosto bastante, tem uma trajetória de base, colocamos ele na lateral, tem base como lateral, tem todos os conceitos defensivos muito claros, e fez parte da base também como meio-campista. Feliz por ele, atuou bem, todas as vezes que tem chamado, tem dado conta do recado, entendimento de jogo, nível de personalidade, olha para o estádio com tranquilidade, tem nos ajudado muito, e fico feliz por confiar nele e em todos nós”.
Lesão de Giuliano e volta de Willian
“Willian jogou pelo menos 30 minutos, o que tínhamos programado. Nós somos um clube muito estruturado, os atletas entram em campo aptos, tudo alinhado. Quando um atleta entra em campo ele está apto. Temos, ao longo dos meses, poucas lesões, mérito do clube, da estrutura, da forma como temos executado o trabalho. Temos poucas lesões. Queríamos zero, mas não existe. Num treinamento ele está correndo risco de lesão”.
G4 e avaliação
“Entrar num G4 é importante, é muito difícil, estamos suando um campeonato inteiro, a expectativa de meses atrás não tinha nada a ver. Não vai ser fácil, está aberto, era essencial a vitória hoje, importantíssima, feliz pelo momento no G4. Faltam quatro jogos, eu tenho uma ideia de que o campeonato é muito difícil, complicado, o desgaste é maior, isso vai se arrastar até 9 de dezembro, provavelmente. Feliz por lutar por essa vaga. Não era isso que diziam. Hoje, estamos felizes por disputar uma vaga muito mais acima”.
Recuo após gol
“Isso ocorre em alguns jogos. Uma partida tem um adversário. Esse adversário, como foi o caso, você tem o controle, ele continua ali, se defendendo. A partir do momento que você faz um gol, o adversário passa a atacar e muda um cenário. Você quer a bola de novo, mas ele colocou um atacante, um meia articulado, e muda. Você quer ter a bola e não consegue. Houve ali, 10 minutos que ficamos ali, mas não porque queremos, mas porque ficou mais difícil, mas nós reprogramamos e terminamos com um gol. Mas é aberto, é a complexidade de um jogo, e o contrário também pode ocorrer.