De volta à Série A, Botafogo aposta nos sócios-torcedores para seguir crescendo

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A lua de mel entre o Botafogo e sua torcida pode ser a chave para que a equipe não sofra tanto nos próximos meses. Embora esteja na Série A em 2022, o clube não tem previsão de maiores recursos até o meio do ano. Assim, o programa sócio-torcedor alvinegro será um diferencial se continuar crescendo.
O sucesso na segunda divisão já gerou um aumento no número de associados, mas a tendência tem que continuar. O clube enfrenta dificuldades para manter o elenco que conquistou a Série B. Reforços, então, mais difícil ainda.
Na semana passada, o CEO Jorge Braga foi realista em afirmar que, em termos de receita, o Botafogo continuará na Série B até maio. O técnico Enderson Moreira, entretanto, fez o alerta:
“Respeito muito a fala do Jorge, é a área racional, mas na área técnica sabemos que o futebol precisa estar forte para ter boa representatividade dentro da quatro linhas, para o torcedor se associar, estádio estar mais cheio. O desafio nosso é encontrar o denominador comum. É claro que entendo que não dá para fazer grandes investimentos, mas precisamos montar um time já, forte, porque a cobrança vai ser muito maior”, alertou o treinador.
Embora afirme seu desejo de permanecer no comando da equipe na próxima temporada, o desconforto de Enderson com a situação é evidente. A equipe tem uma base construída neste segundo semestre, mas vários atletas dificilmente seguirão no clube. Peças importantes como o artilheiro Rafael Navarro, além dos meias Luís Oyama e Marco Antônio, não devem ficar.
O treinador teme que um fracasso no Campeonato Carioca aumente a pressão e comprometa o trabalho na temporada. Isso porque o calendário será mais curto em 2022, com o Brasileirão começando em 10 de abril e terminando em 13 de novembro. Assim, se deixar para formar uma nova base depois, poderá ser tarde.