Marco Aurélio Cunha critica diretoria do São Paulo: “Acreditaram muito no título paulista”

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O ex-dirigente Marco Aurélio Cunha, conselheiro do São Paulo, fez críticas à atual diretoria do clube nesta terça-feira. O profissional comentou sobre o desempenho abaixo das expectativas no Brasileirão e declarou que a direção “acreditou muito no título do Paulista” e “fez festa antes de as coisas acontecerem”.
“Seguramente foi um ano muito ruim, no sentido do Campeonato Brasileiro. Ganhar o Paulista foi importante, o São Paulo precisava de um título, mas acreditaram muito no título do Paulista. Fizeram um faixa para o Crespo e colocaram na parede, mas Telê (Santana), Muricy e Paulo Autuori não tiveram isso. Acho que é um pouco de precipitação de marketing, de querer mostrar que tudo vai dar certo. Esse é o caminho da derrocada”, disse em entrevista à Band.
“Esse é o erro estrutural do São Paulo, fazer festa antes de as coisas acontecerem. Óbvio que o (título do) Paulista fez bem, mas depois ficou entendido que o clima seria o mesmo e o time teve o pior ataque da história do São Paulo no Brasileirão, o menor número de pontos, menor número de vitórias. Então o resultado foi muito ruim”, completou.
Marco Aurélio Cunha também falou sobre o comando de Rogério Ceni na equipe tricolor. O conselheiro destacou que confia no técnico e que torce para o seu sucesso, mas reforçou que é preciso ter tolerância e uma boa relação com os jogadores para que o ex-goleiro faça um bom trabalho.
“Eu confio muito nele (Rogério Ceni), desde que tenha tolerância, paciência e queira fazer um São Paulo melhor do jeito mais simples possível. Porque todo treinador jovem, competente e estudioso coloca o jogo no plano dele. Mas é o jogador que joga, à beira do campo é tudo diferente. É preciso ser tolerante com os erros, ter uma boa relação interpessoal com os atletas”, afirmou.
“E o Rogério, como vencedor que é, tem uma vontade de ganhar tudo e uma personalidade muito forte. Ele tem que equilibrar a vontade dele e contribuir de uma maneira mais lúdica, com menos pressão. Tem que ter a postura de aguentar e não expressar muito o que está sentindo. Adoro o Rogério e espero que ele vá muito bem”, concluiu o ex-dirigente.