Oposição vê problemas na aprovação do orçamento do Palmeiras e propõe mudanças estatutárias

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Na segunda-feira desta semana, o Conselho Deliberativo do Palmeiras aprovou o orçamento do clube para 2022, com o detalhamento das metas financeiras. No entanto, membros do órgão que compõem a oposição contestam o processo que envolveu a votação e propõem mudanças no estatuto do Verdão.
Na visão desse grupo de conselheiros, o Ocupa Palestra, o rito de aprovação do orçamento passou a ser “esvaziado e improdutivo”. O primeiro aspecto negativo apontado pela oposição é o curto intervalo de tempo para a avaliação de todos os detalhes que envolvem a projeção de contas. Afinal, a documentação neste ano foi enviada aos membros do órgão apenas 72 horas antes da votação.
Outro ponto apontado é a falta de espaço para um debate aprofundado sobre questões relevantes do orçamento. De acordo com o grupo, sem reuniões específicas para que os conselheiros tirem dúvidas pontuais relacionadas às contas, alguns detalhes passam batidos, já que apenas uma apresentação institucional é realizada.
Além disso, a documentação não traz números referentes aos valores orçados e despendidos pelo clube nos anos anteriores. Sem essas informações, na visão do Ocupa Palestra, os conselheiros não têm como compreender de forma palpável o cenário financeiro do Verdão, prejudicando a avaliação necessária para a aprovação do material encaminhado.
Após a identificação das fragilidades do processo de votação, conselheiros da oposição elaboraram uma proposta com mudanças estatutárias, visando trazer mais transparência e diálogo para o rito. O documento é assinado por Felipe Giocondo, Luiz Fernando Marrey Moncau e Marcos Gama.
A primeira reinvindicação passa pelo tempo de apreciação da previsão orçamentária por parte dos conselheiros. A proposta prevê que os membros recebam a documentação com, no mínimo, 15 dias de antecedência.
Na sequência, os signatários requerem a necessidade do envio de informações contextuais sobre a situação financeira do Palmeiras, no mesmo prazo da sugestão de emenda anterior, incluindo dados referentes aos três últimos anos. Ainda é reivindicada a possibilidade de que documentos pertinentes sejam requisitados cinco dias antes da votação.
Por fim, a proposta prevê a realização de pelo menos três reuniões organizadas pelo presidente e seus vices com o Conselho Deliberativo. O intuito é que a Diretoria Executiva esclareça todas as dúvidas levantadas por membros do órgão.
O Ocupa Palestra planeja protocolar a proposta na próxima sexta-feira. Até lá, o grupo trabalha para angariar signatários e encorpar a força da reinvindicação. A partir de então, cabe ao presidente do Conselho, Seraphim Carlos Del Grande, convocar uma reunião para a apreciação do tema. Com mais de 60 conselheiros como signatários, uma assembleia pode ser agendada, independentemente da atuação de Seraphim.