Por Denise Emanuele Paz Carvalho
Gabriel Bortoleto conquistou seus primeiros pontos na Fórmula 1 e reacendeu a esperança do torcedor brasileiro na principal categoria do automobilismo. O oitavo lugar no GP da Áustria simboliza mais que um bom resultado: representa a afirmação de uma trajetória corajosa, iniciada aos 12 anos, quando o piloto decidiu morar sozinho na Itália para perseguir o sonho de chegar à elite do esporte.
Inspirado por Ayrton Senna, incentivado pelo pai Lincoln e influenciado pelo irmão Enzo, Bortoleto traçou um caminho precoce e disciplinado. Com passagens marcantes pelo kart europeu e com formação nas categorias de base, venceu em sua estreia na Fórmula 3 e, posteriormente, faturou o título. Fez o mesmo na F2, antes de subir à F1 em 2025 com a Sauber.
A equipe, até então coadjuvante no grid, vive uma temporada surpreendente, impulsionada pelo projeto que culminará em 2026 com a entrada oficial da Audi. Ao lado de Nico Hulkenberg, que recentemente conquistou seu primeiro pódio após 239 corridas, Bortoleto mostra consistência e maturidade raras para um estreante.
A carreira do brasileiro é sustentada por figuras importantes como o preparador Francesco di Mauro, o empresário Fernando Alonso e o consultor técnico Roberto Streit, ex-piloto com trajetória sólida fora dos holofotes. Com base técnica, mentalidade forte e sede por evolução, Bortoleto entra no radar dos grandes nomes da F1.