Diniz é denunciado junto com Cabral

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A Força-Tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro (MPF-RJ) denunciou o presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, além do ex-governador Sérgio Cabral e mais onze pessoas também por corrupção e/ou lavagem de dinheiro.

No final do mês passado, Diniz foi preso na Operação Jabuti, que revelou mais um braço da Organização Criminosa comandada por Cabral no Rio de Janeiro. Como presidente da Fecomércio, ele teria sido responsável pelo desvio de pelo menos R$ 10 milhões dos cofres públicos.

Segundo o MPF-RJ, como gestor do sistema Fecomércio/Sesc/Senac no Rio, contava com orçamento anual de cerca de R$ 1 bilhão, e tinha estreitas ligações com Cabral. 

“Não por acaso é vizinho do ex-governador no luxuoso prédio do Leblon, na Rua Aristides Espíndola, e no conhecido Condomínio Portobello, em Mangaratiba, apesar de ter negado essa relação estreita e até mesmo a relação de vizinhança em seu interrogatório prestado perante a autoridade policial”, revela a peça de acusação.

Segundo o MPF-RJ, o presidente da Fecomércio valeu-se do esquema de lavagem de dinheiro que tinha a frente os operadores financeiros de Cabral, ocultando e dissimulando a origem ilícita de mais de R$ 3 milhões. Ainda de acordo com a denúncia, há indícios de que Diniz desviava recursos públicos federais do orçamento do Sesc e do Senac. Além disso, a pedido de Cabral, contratou funcionários “fantasmas”, num esquema que movimentou quase R$ 6 milhões.

Os “fantasmas”recebiam salários mas nunca prestaram serviços para o Sesc ou o Senac, ou prestavam serviços no interesse particular do ex-governador. No primeiro grupo estavam os parentes mais próximos dos operadores financeiros da organização criminosa de Cabral.