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Previsão de crescimento do PIB está ancorada na expansão da indústria
Foto: Agência Brasil
O Brasil deverá manter para o próximo ano a continuidade do processo de “recuperação cíclica” da economia, com o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas) fechando 2018 com expansão de 3%.
Essa e outras previsões constam da seção Visão Geral da Carta Conjuntura 37ª, com previsões da economia para o próximo ano, que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quarta-feira (20).
Nela, a continuidade do atual processo de recuperação cíclica da economia, apontando para uma trajetória de convergência gradual rumo a uma situação de crescimento sustentado, está condicionada ao equacionamento “de modo crucial” da questão fiscal no país.
Para o Ipea, apesar das dificuldades correntes de aprovação, no Congresso Nacional, de medidas fundamentais do ajuste fiscal – em particular a reforma da Previdência – o ambiente externo continuará “provendo liquidez suficiente durante o período de transição, enquanto as medidas de ajuste não forem adotadas”.
No estudo, o Ipea procura traçar um panorama do cenário econômico atual no Brasil, com projeções para PIB, inflação, câmbio, exportações, importações, juros, investimentos, indústria, serviços, agropecuária, consumo das famílias e consumo do governo.
Na visão do instituto, as projeções de crescimento de 1,1% para o PIB deste ano se baseiam na expansão da agricultura, do consumo privado, das exportações líquidas e estoques.
“Já o crescimento de 3% projetado para 2018 deve se justificar pelo avanço da indústria e do setor de serviços, e pelos gastos privados de consumo e investimento”, diz o documento.
Em sua publicação sobre as projeções da economia para os próximos meses e para o fechamento de 2018, economistas do Ipea projetam uma inflação de 2,9% para 2017 e de 4% em 2018.
“Com a queda da inflação e as expectativas para o futuro ancoradas, ao final de 2018, em nível próximo da meta de 2019 (4,25%), espera-se que o Banco Central conclua o atual ciclo de afrouxamento monetário no começo de 2018 e mantenha a meta da taxa Selic no patamar de 6,75% ao ano até o final do ano”.
Desbloqueio – O aumento na arrecadação em novembro e a diminuição de previsões de gastos obrigatórios permitiram ao governo liberar R$ 5 bilhões do Orçamento que estavam contingenciados (bloqueados), informou nesta quarta o Ministério do Planejamento. O dinheiro atenderá a órgãos públicos em dificuldade. e deverá retrair 0,8%” analisa o documento. Atualmente, o governo tem R$ 24,6 bilhões de despesas discricionárias (não obrigatórias) bloqueadas. A liberação desta quarta-feira reduziu o contingenciado para R$ 19,6 bilhões. Pela legislação, o governo tem até uma semana para editar decreto definindo a distribuição dos recursos liberados por ministérios e órgãos.
Dos R$ 5 bilhões liberados nesta quarta, R$ 436,2 milhões vêm do aumento previsto na revisão das estimativas de receitas líquidas e R$ 4,566 bilhões da revisão, para baixo, das projeções de gastos obrigatórios. O governo também atualizou as estimativas para a economia em 2017. A previsão de crescimento PIB passou de 0,5% para 1,1% este ano. A projeção para a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,2% para 2,88%.
Economia: recuperação cíclica deverá ser mantida em 2018
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