Especialistas defendem incentivo a pesquisas

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Especialistas convidados para debater o Aedes aegypti destacaram , ontem, em audiência pública no Senado, que o Brasil precisa investir mais em pesquisas e estimular parcerias entre universidades, instituições de pesquisa e empresas na batalha contra o mosquito transmissor da dengue, do vírus Zika e da febre chikungunya.

“O Governo precisa conscientizar-se de que pesquisa científica tem de ser contínua. Não pode ter hoje e amanhã não ter. É necessário colocar dinheiro sempre. É necessário haver muita gente trabalhando”, ressalta o biólogo e diretor do Decanato de Pós-graduação da Universidade de Brasília, Bergmann Morais Ribeiro.

Entre as armas disponíveis atualmente para combater o mosquito, os especialistas destacaram os bioinseticidas: mosquitos geneticamente modificados e bactérias que infectam insetos. Apesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Rose Monnerat, apresentou o Inova-Bti, uma nova geração de bioinseticidas. O produto, já testado pela Embrapa, é capaz de matar as larvas do mosquito sem prejuízo à saúde das pessoas e dos animais domésticos. Mas para ser produzido em larga escalada, ainda depende de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Genoma – Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) conseguiram fazer o sequenciamento do genoma do vírus Zika e encontraram mais evidências de que a doença está relacionada a casos de microcefalia.

O anúncio é do Laboratório de Virologia Molecular, que analisou o vírus encontrado no líquido amniótico de grávidas de Campina Grande, na Paraíba. Com sequenciamento do genoma, eles identificaram a ordem completa das informações genéticas do vírus, um passo fundamental para entender como o Zika age no corpo, desenvolver vacinas e exames contra a doença. Os cientistas conseguiram também isolar o Zika no cérebro de fetos com microcefalia e que morreram na Paraíba, logo depois do nascimento.

(EBC com Agência Senado)