IVB testa um novo tipo de vacina

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Além da vacina contra abelhas IVB trabalha em medicamentos contra o câncer e doenças neurológicas

Foto: Divulgação / IVB

Pesquisadores do Instituto Vital Brasil (IVB), em Niterói, estão criando um soro para o veneno de abelhas africanizadas, o único do mundo. Só em 2013, quando foi divulgado último levantamento sobre o assunto, 100,8  mil pessoas tiveram reações graves a picada de abelha e 40 delas morreram. Além disso, o IVB estuda um potencializador de efeitos dos remédios, na área de biotecnologia e biogenética, para tratar o câncer e doenças neurológicas.  O soro que combate a ação do veneno de abelhas africanizadas já está na fase final de testes, inclusive em humanos. O vice-presidente do instituto não tem um previsão para o lançamento oficial, mas acredita que em breve ele seja aprovado e ajude a tratar e salvar vidas. 

“No ano passado, o número de mortes por picada de abelha foi proporcionalmente igual ao de mortes por mordida de cobra. Estamos há algum tempo insistindo na necessidade desse antídoto. Conseguimos a autorização e ele já está na ultima fase de testes”, informou o vice-presidente Luis Eduardo Ribeiro da Cunha.

Procurado por governos de outros países, o IVB produz atualmente oito soros, contra diferentes espécies de animais peçonhentos, como diferentes epécies de cobra, escorpião amarelo, aranha viúva-negra, raiva e tétano.

 Até o fim deste ano serão produzidas 321 milhões de ampolas de vacinas  serão produzidas. A distribuição do material para todo o país é feita pelo Ministério da Saúde.

Medicamentos - Segundo Antônio Werneck, presidente do IVB, a organização quer se especializar no tratamento de doenças neurológicas e oncológicas. A produção de proteínas modificadas, que podem acelerar a atuação dos medicamentos e diminuir os efeitos colaterais causados, está sendo uma das prioridades dos cientistas do Vital Brasil. Esses remédios, feitos com partes de DNA e RNA alterados, são atualmente importados pelo governo, fato que encarece o preço para o paciente. O IVB e outros órgãos parceiros querem que em dez anos o Brasil seja autossuficiente no uso da biotecnologia na medicina.

“Já existem remédios que usam a modificação celular para tratar doenças, principalmente as autoimunes e alguns tipos de câncer, mas aqui essa tecnologia não é muito desenvolvida”,  lamentou o presidente”

Uma parceria do IVB, duas universidades e dois laboratórios vai enviar três cientistas para participar de uma pesquisa, nos Estados Unidos, sobre micro genética e animais. Eles voltarão em um ano e trarão 3 mil embriões de vaca alterados geneticamente para produzir no leite uma proteína medicinal. 

“Estamos investindo em pesquisas e estudos em parceria com laboratórios americanos, europeus, asiáticos e brasileiros no aperfeiçoamento de técnicas e produção de novos medicamentos. Aguardamos a liberação do governo para desenvolver, e assim baratear, cinco remédios para câncer”,  explicou o presidente. 

Segundo Cláudio Maurício Vieira de Souza, diretor científico do instituto, as regras internacionais de bem-estar e saúde animal são respeitadas e nenhum animal é maltratado durante o processo científico.

Para o projeto, o IVB buscou aliados com experiência no assunto e certificações para a produção e transferência da tecnologia. Essas empresas, junto com o IBV, irão fabricar medicamentos com adalimumabe, filgrastima, infliximabe, rituximabe e somatropina. Ainda de acordo com a pesquisa, o fornecimento estrangeiro desses remédios deve diminuir até 2026, na medida em que o Instituto Vital Brasil venha alcançando autonomia na fabricação.

O IVB possui centros de pesquisa e laboratórios em todo estado: a fazenda, em Cachoeira de Macacu; a sede, em Niterói; módulo científico e cultural, em Tanguá; um campus, em Teresópolis, o centro de pesquisas, em Resende e outro, em Xerém.