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Segundo a PF, apartamento seria uma espécie de “bunker” de Geddel para armazenagem de dinheiro em espécie
Foto: Divulgação / PRF
Em uma operação para cumprir mandado de busca e apreensão, emitido pela 10ª Vara Federal de Brasília, a Polícia Federal (PF) encontrou nesta terça-feira (5) várias caixas e malas com dinheiro em imóvel na Rua Barão de Loreto, no bairro da Graça em Salvador, “que seria, supostamente, utilizado por Geddel Vieira Lima [ex-ministro] como ‘bunker’ para armazenar dinheiro em espécie”. De acordo com a PF, “os valores serão transportados a um banco onde será contabilizado e depositado em conta judicial”.
O apartamento pertence, segundo a Justiça, a Silvio Silveira, que teria cedido o imóvel ao ex-ministro, para que guardasse, “supostamente, pertences do pai, falecido em janeiro de 2016”. Uma denúncia anônima, feita por telefone, alertou a polícia de que Geddel, atualmente cumprindo prisão domiciliar, estaria utilizando o apartamento para “guardar caixas com documentos”, o que foi constatado após consultas com vizinhos.
Ainda de acordo com o documento da 10ª Vara Federal, o imóvel tem elementos que comprovam a prática “dos crimes relacionados na manipulação de créditos e recursos realizadas na Caixa Econômica Federal”. Por isso, o juiz federal considerou que as práticas precisam ser investigadas “com urgência”, devido aos fatos relacionados a “vultosos valores, delitos de lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa e participação de agentes públicos poderosos”.
A decisão do juiz Vallisney de Souza Oliveira, autorizando a operação, foi assinada dia 30 de agosto. Chamada de Tesouro Perdido, a operação desta terça é decorrente de dados colhidos nas últimas fases da Operação Cui Bono.
A primeira fase da Operação Cui Bono foi deflagrada pela PF em 13 de janeiro. Ela investigou esquema de fraude na liberação de créditos da Caixa no período entre 2011 e 2013. De acordo com a investigação, entre março de 2011 e dezembro de 2013, a vice-presidência de Pessoa Jurídica da instituição era ocupada por Geddel.
A investigação da Operação Cui Bono – expressão latina que significa “a quem beneficia?” – é um desdobramento da Operação Catilinárias, deflagrada em dezembro de 2015, no âmbito da Lava Jato, quando a PF encontrou um telefone celular na casa do então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que revelou intensa troca de mensagens entre Cunha e Geddel. A operação tinha a finalidade de evitar que provas importantes fossem destruídas.
Malas e caixas cheias de dinheiro em imóvel na BA
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