O dilema worklife - vida de trabalho!

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Esta semana resolvi escrever sobre o “dilema worklife (vida de trabalho)”, baseado em um noticiário que li, de que na Coréia do Sul muitos funcionários públicos trabalham até tarde, em especial, na sexta-feira e que em função disso, para combater o excesso de jornada, o governo decidiu desligar os computadores das repartições às 20h, dentro de um projeto escalonado de redução de carga horária de trabalho, podendo ser abertas exceções para aqueles que desejarem continuar trabalhando até tarde.  A maioria dos funcionários (63%) não curtiu as mudanças. Por que será?

Por outro lado, recentes estudos mostram que grande parte dos millenials (gerações recentes) não quer passar horas e horas trabalhando e que prezam pelo tempo que passam fora do trabalho como forma, também, de progredir profissionalmente. Estudo da Deloitte recente com profissionais de 29 países (incluindo o Brasil) mostrou que os jovens consideram “equilíbrio entre trabalho e vida pessoal” mais importante que progredir na carreira. Trabalho com horário flexível também foi apontado com um dos objetivos de carreira, à frente de treinamento oferecido pela empresa ou possíveis oportunidades de viagens internacionais. Eles querem chegar em casa logo - seja para cuidar dos filhos, para jogar Nintendo ou para praticar yoga.

Essa exagerada autocobrança por trabalhar intensamente, vem de uma visão equivocada de que a felicidade está no campo das conquistas materiais. Nos desconecta de nossa essência, a natureza, da certeza de que o universo é abundante em seus recursos e tem muito para todos nós.

Minha geração, gerações anteriores, bem como, culturas de países mais conservadores, foram forjadas como se a natureza fosse separada de nós. Como se de alguma forma, nós fossemos governantes da natureza, controlando-a. Esquecemos que viemos dessa mesma natureza e prescindimos dela para continuar vivos. Que ela é superior a nós em sabedoria. O próprio ar que respiramos nos conduz a essa conclusão.

A teoria do estresse, vem se alinhar à necessidade de reconexão com a natureza. Desacelerar o ritmo, passar mais tempo com aqueles que amamos, praticar mindfulness, meditação, práticas esportivas, bem como, o contato direto com a natureza são condutas imprescindíveis para que o ser humano se torne menos frenético e mais feliz.

Na próxima semana, prosseguiremos no tema, sugerindo uma reflexão sobre o grande e belo mundo que infelizmente não vemos, quando estamos embriagados por essa conduta insana e desenfreada do workaholic.

Até quinta!