OMS elogia o combate ao Zika no Brasil

Atualidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Ministro da Saúde, Marcelo Castro, foi o anfitrião na visita de Margaret Chan às instalações da Fiocruz, no Rio

Divulgação/Fernando Frazão/Agência Brasil

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, elogiou a atuação do Brasil no enfrentamento ao vírus Zika, durante uma visita realizada esta semana às instalações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Chan ressaltou a articulação entre os três níveis governamentais com a sociedade civil, essencial para o combate ao mosquito Aedes aegypti.

Em relação ao crescimento inusitado de casos de microcefalia, Margaret Chan disse que as evidências coletadas pelas autoridades brasileiras apontam o vírus Zika como causa.

“Até que se prove o contrário, temos afirmado que o vírus Zika é o culpado”, afirmou.

A diretora também se comprometeu a facilitar uma maior colaboração internacional, coordenando esforços internacionais em busca de um objetivo comum de achar vacinas e outras formas de combater ao mosquito.

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, lembrou que o Brasil tem sido absolutamente transparente na divulgação dos dados.

“Estamos fazendo parcerias com institutos de pesquisas nacionais, como a Fiocruz, o Instituto Butantan e o Instituto Evandro Chagas, mas também buscamos nesse momento estreitar os nossos laços com organismos internacionais, como a OMS e OPAS, para encontrar novas tecnologias para o combate ao mosquito”, ressaltou.

FioCruz – Durante a visita a Fiocruz, Margaret Chan conheceu projetos para o desenvolvimento de novas tecnologias de combate ao mosquito Aedes Aegypti, diagnóstico, prevenção e tratamento para doenças transmitidas pelo vetor. Um dos projetos apresentados é o programa científico internacional ‘Eliminar a Dengue’. A proposta é usar os mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia como uma alternativa segura e autossustentável para o controle da dengue e de outros vírus, como Zika e Chikungunya.

Outro projeto apresentado foi a distribuição de 500 mil testes nacionais de biologia molecular para a realização de diagnóstico de dengue, chikungunya e Zika. Hoje, o Brasil possui um teste para identificar cada doença, pois em cada processo são usados reagentes importados e, para descartar a presença da dengue e chikungunya, é necessário realizar cada exame separadamente.

Também foram apresentadas pesquisas de disseminação de Larvicida Ovitrampas (DLO), unidades que atraem fêmeas. Na armadilha a fêmea é impregnada por inseticida e o leva para os focos de reprodução eliminando os focos. Principalmente aqueles que não são percebidos pela ação de prevenção humana.