Aberta temporada de compra do material escolar para 2018

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Muitos pais optaram por iniciar a busca pelo material escolar o quanto antes na procura pelo melhor preço. Ana Cristina falou sobre equilíbrio com as filhas

Foto: Marcelo Feitosa

Mal janeiro começou, e a corrida pelo material escolar das crianças e adolescentes também teve início. Em Niterói, consumidores já visitaram as lojas no primeiro dia útil do ano na tentativa de fugir do tumulto e ter tempo de pesquisar melhor os preços. Essa dica, segundo eles, é fundamental para economizar. Artigos básicos, como caneta, lápis e borracha tiveram pouca variação de preço entre os bairros do Centro e Icaraí, na Zona Sul. Entretanto, o caderno de uma matéria com temática mais adolescente foi encontrado 75,87% mais caro em Icaraí do que no Centro. 

A engenheira química Rejane Jardim, 41, levou os filhos, uma menina de 10 anos e um menino de 4, para comprar os materiais e escolher os modelos e temas.

“A gente costuma comprar antes para ter tempo de preparar o material completo. Os livros que as escolas pedem precisam ser de última edição e não dá para fugir do preço, mas os outros itens de uso pessoal precisam ser pesquisados”, opinou.

A pesquisa de preços é a saída que os responsáveis encontraram para tentar respeitar a escolha das crianças em relação ao produto. Caso a temática do item seja mais adolescente ou de estampa de personagens, o preço do caderno de uma matéria pode ser 75,87% mais caro em uma papelaria de Icaraí (R$ 35) do que em uma no Centro (R$ 19,90). Se o desenho da capa puder ser mais básico, o preço pode ser encontrado mais em conta nos dois bairros (Icaraí R$ 5 e no Centro R$ 5,60). 

A dona de casa Ana Cristina Pedrosa Rodrigues, 40, também levou as filhas para escolher o material que elas usariam neste ano. No entanto, antes de sair de casa, a mãe conversou com a mais velha, uma adolescente de 13 anos, que deveria haver um equilíbrio nas compras e o valor de um produto não poderia ser tão alto.

“Esse ano estou atrasada, pois costumo vir em dezembro, logo após o 13° salário. Já procurei preço, fui em outras papelarias e, apesar do que dizem, dessa vez não senti tanta diferença entre os preços dos dois meses. O que percebi é que, mesmo com uma variação, quando soma a lista inteira, não compensa comprar em tantos lugares diferentes”, analisou. Em relação aos livros pedidos pela escola, a mãe optou por encomendar pelo site. 

Itens básicos do dia a dia escolar não foram encontrados com variações de valores significativas. Uma caneta azul simples, por exemplo, varia apenas 10% entre as papelarias, sendo encontrada a R$ 1 em uma loja da Rua Gavião Peixoto, em Icaraí. O lápis pode ficar a gosto dos consumidores, com modelos de diversos preços e cores. O menor valor encontrado foi em uma papelaria da Rua da Conceição, no Centro, a R$ 0,30 a unidade. 

A borracha, outro item do estojo do aluno, tem o mesmo preço em ambos os bairros. A mais simples é R$ 0,30, mas quem deseja escolher uma com desenho de personagem pode desembolsar até R$ 8,90 em Icaraí. O apontador mais simples, tanto no Centro como em Icaraí, foi encontrado a partir de R$ 0,40. O mais clássico, retangular e com depósito de resíduos, entretanto, variou 65%. Na Zona Sul, pôde ser encontrado a R$ 1,20, enquanto no Centro, estava R$ 1,99. 

Segundo o Procon, a lista escolar não pode pedir materiais que são de uso coletivo, ou seja, que deveriam ser fornecidos pela escola, com o custo já incluso na mensalidade. Além disso, não pode ser exigido a marca dos materiais escolares. Produtos como algodão, canetas para lousa, copos descartáveis, fitas adesivas ou decorativas, giz, grampeador e grampos, lenços descartáveis, material de escritório e de limpeza e medicamentos, entre outros, não podem ser cobrados.