Biblioteca Parque de Niterói é municipalizada e reabre a público

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Solenidade de reabertura da Biblioteca Parque contou com apresentação de orquestra e dezenas de pessoas. Prefeito Rodrigo Neves garantiu recursos até 2020

Foto: Luciana Carneiro/divulgação/Prefeitura de Niterói

Após quatro meses de portas fechadas, a Biblioteca Parque de Niterói, no Centro da cidade, foi municipalizada e reaberta na tarde desta segunda-feira (5). Em solenidade no local, o prefeito Rodrigo Neves e o secretário de Estado de Cultura, André Lazaroni, assinaram o termo de cooperação, que prevê investimentos municipais de R$ 5 milhões para o prédio histórico, até 2020. As atividades na unidade já foram retomadas.

De acordo com o prefeito de Niterói, a municipalização é uma garantia para que a Biblioteca Parque da cidade tenha funcionamento pelos próximos três anos. Ele lembrou que em novembro de 2015 sua gestão assumiu os gastos financeiros para manter a unidade aberta, ainda sob administração do Estado, através de um convênio, com repasses que somaram R$ 2,7 milhões até fevereiro deste ano.

“Fizemos a parceria, passamos recursos. Mas o Estado está com problemas que são os arrestos das contas. Então, muitas vezes, a gente passa o recurso, mas as contas são arrestadas. Então decidimos tomar uma medida mais extrema, que foi a municipalização até dezembro de 2020, que pode ser prorrogada pelo meu sucessor”, discursou Rodrigo.

Neves ainda lembrou da importância histórica do prédio na cidade, além de ser referência em pesquisas e cultura.

“Esse prédio é um dos mais belos exemplos do patrimônio histórico de Niterói. Reabrir a biblioteca é também prevenção à violência, é cuidar dos jovens que precisam estudar e ter oportunidades. Quantos e quantos jovens deixaram de frequentar a biblioteca nesses meses? Certamente, estes vão ter de novo esse espaço de referência, convivência e construção do seu projeto de vida”, completou Rodrigo, que na ocasião ainda anunciou o lançamento do Plano Estratégico de Niterói até 2020 para o dia 29 de junho.

Além do feito de municipalizar a biblioteca junto à Prefeitura de Niterói, o secretário de Estado de Cultura, André Lazaroni, reafirmou o compromisso de também municipalizar o Museu do Ingá. 

“A parceria entre Estado e município tem que ocorrer. Em breve, teremos também uma parceria para municipalizar o Museu do Ingá. Nós queremos essa parceria. Para o usuário, não importa se é municipal, estadual ou federal. O importante é que tenha uso. Estamos devolvendo esse legado construído pelo Estado para Niterói”, disse Lazaroni.
 
A Biblioteca Parque de Niterói também funciona como sede da Academia Fluminense de Letras (AFL). Em discurso, o presidente Waldenir de Bragança anunciou que no dia 22 de julho Niterói receberá o Encontro Nacional de Academias de Letras, com a participação de diversos estados.

“Há 100 anos existe funcionando, com esforço de voluntários e de pessoas que decidiram se tornar guardiãs da história do Estado do Rio de Janeiro, esta academia. A sua reabertura é um ato de reconhecimento da história do Estado, do País”, ressaltou o presidente da AFL.

O importante espaço cultural e histórico de Niterói retoma suas atividades culturais e atendimento em multilinguagens para uma média de 400 visitantes diários, somando 8 mil usuários mensalmente.

Em seu rico acervo, constam mais de 60 mil itens e publicações que revelam a história do Estado do Rio de Janeiro e do País, entre livros, jornais, revistas, enciclopédias, biografias, DVDs, músicas digitalizadas e livros e equipamentos em braile.

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