Castração de cães e gatos em Icaraí

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Proprietários dos animais que aguardavam na fila começaram a ser chamados

Marcelo Feitosa

Após três meses sem realizar castração pela falta de anestésico, o serviço voltou a ser oferecido nesta segunda-feira (27) no Centro de Controle de Zoonoses, em Icaraí. As 300 pessoas que aguardavam na fila de espera começaram a ser convocadas na semana passada. De acordo com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), foi feita uma compra de caráter emergencial de insumos suficientes para atender à demanda até o fim do ano, mas não informado a quantidade adquirida. No entanto, o agendamento só será reaberto a partir de julho.  

A fundação ainda esclareceu que as pessoas que se cadastraram para castrar seus animais estão sendo chamadas de acordo com a ordem de inscrição. Segundo usuários, mesmo com o retorno, o atendimento prestado ainda está precário. Aguardando há três meses, a dona de um cachorro, a qual não quis se identificar, contou que se deparou com apenas três funcionários operando.  

“Fiquei aguardando muito tempo para conseguir castrar meu cachorro. Só fui chamada na semana passada, quando marcaram para eu trazê-lo hoje. Mas ainda está funcionando precariamente. É uma pena que esteja assim”, lamentou a usuária.  
 
A protetora de animais Dilea Maria de Oliveira, de 63 anos, passou por situação similar. Ela tem 47 animais em casa, alguns deles precisando do serviço. Agendada para castrar um gato, ela aproveitou uma desistência para levar outro animal no lugar.  

“Sou protetora, é um sofrimento para castrar meus animais. Eles sofrem e a gente sofre muito. O atendimento tem sido muito precário, não acontece como deveria. Acabo gastando dinheiro sem ter porque o serviço não é prestado”, reclamou a protetora, questionando ainda a lei 3153/15, que trata da proteção e bem-estar de animais domésticos no município.   

Até a semana passada, a Prefeitura de Niterói havia informado que o processo de compra do material ainda estava em fase de cotação de preços e que seriam adquiridos insumos suficientes para mil castrações.   

A administração municipal justificou a falta de anestésico com o aumento da demanda por castrações, já que o centro estava fechado desde 2009 e foi reaberto somente em 2013.   

Em setembro será inaugurado o novo Centro de Controle Populacional de Animais Domésticos, no Horto do Fonseca. O local ficará sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS) e, por conta disso, toda a gestão de recursos deste local fará parte do plano de trabalho e do orçamento da pasta, e não da Fundação Municipal de Saúde, mesmo se tratando de anestésicos.