Cautela é sempre recomendada

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O governador Luiz Fernando Pezão sancionou o orçamento do Estado do Rio de Janeiro para 2018, com previsão de déficit de R$ 10 bilhões. Ou seja, o governo deve gastar mais do que prevê receber, já que a receita líquida projetada é de R$ 63,1 bilhões e as despesas foram calculadas em R$ 73,1 bilhões. O maior gasto do governo este ano deverá ser com salários e com o pagamento de aposentados e pensionistas. A área da segurança receberá o maior volume de recursos (R$ 11,5 bilhões), seguida da educação (R$ 7,7 bilhões) e saúde (R$ 6,6 bilhões). 

Matemática pura que revela o descumprimento da mais elementar lei de economia doméstica: não se deve gastar mais do que se ganha. Mas, em se tratando de contas de governo, há sempre um “mas” para aliviar ou agravar a situação. E a expectativa é de otimismo, já que especialistas apontam um orçamento, no mínimo, cauteloso elaborado pelo governo. O presidente da Comissão de Orçamento da Alerj, deputado Gustavo Tutuca, que é do partido do governador, acredita na possibilidade de não haver déficit, porque a arrecadação, segundo ele, será maior do que a projetada. 

O otimismo se revela no mesmo dia em que o governo anuncia o pagamento integral dos salários de dezembro no próximo dia 15, para alívio do funcionalismo que vem amargando atrasos e mais atrasos. Otimismo ou não, o fato é que os gestores precisam cortar os gastos e se adequar à realidade das receitas, ainda que haja variações na arrecadação. Importante é que se trabalhe com o certo, deixando o duvidoso como lucro, a fim de evitar novas quebradeiras.