Ciclistas sem vez na Zona Sul

Cidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Ciclistas precisam aguardar o melhor momento para atravessar em meio aos

Foto: Lucas Benevides

O cruzamento das Avenidas Roberto Silveira e Almirante Ary Parreiras, em Icaraí, na Zona Sul de Niterói, é mais um ponto de reclamação de quem anda de bicicleta pela cidade. No local, os semáforos de ambas as ruas não deixam um intervalo para que os ciclistas atravessem. Além disso, a ciclofaixa tem início ou termina – dependendo do sentido – “do nada”. Acidentes já foram presenciados no trecho, apontam ciclistas. 

Quem utiliza a via com a “magrela” precisa se aventurar e aguardar que poucos veículos estejam passando para atravessar a Ary Parreiras, já que não há uma faixa de preferência. 

Moradora de São Francisco, Samantha Cardoso, de 25 anos, utiliza a ciclofaixa diariamente. Mesmo atenta aos riscos, já foi atingida por uma motocicleta em uma das conversões e chegou a cair na pista. Por pouco não sofreu um acidente mais sério. 

“Temos que parar na ciclofaixa e aguardar não vir nenhum carro, mas não tem segurança. Motos, que andam mais rápido, aparecem do nada. Uma vez um motociclista que virou da Roberto Silveira para Ary Parreiras bateu na roda da minha bike e eu caí. Sorte que não passava outro veículo”, contou, reclamando da falta de agentes de trânsito na região.

Luís Araújo, integrante do coletivo de ciclismo Pedal Sonoro, afirma que a cobrança tem sido intensa em relação às melhorias para a ciclofaixa da Roberto Silveira, incluindo sinalização e instalação de novos equipamentos segregadores que foram removidos ou danificados com o tempo.

Questionada, a Prefeitura de Niterói respondeu que os semáforos inteligentes calculam o tempo de abertura de acordo com o fluxo de pedestres e veículos que trafegam nos cruzamentos da cidade, e que a NitTrans mantém estudos sobre a programação semafórica, ficando atenta às necessidades surgidas a partir da automação dos semáforos. Apesar de ressaltar que há agentes de trânsito todos os dias no cruzamento, o Executivo não respondeu sobre a dificuldade e risco de travessia encontrada pelos ciclistas.

Sobre a travessia de pedestres, a administração pública explicou que não há faixa na esquina de saída da Roberto Silveira, porque os motoristas ficariam enfileirados ao longo da avenida, impactando o fluxo na saída do túnel nas faixas da direita e da esquerda, aumentando o risco de acidentes.