Cultura em crise

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Com cerca de 1 milhão de habitantes, São Gonçalo sofre com uma série de carências, que começam pelo saneamento básico, deficiências na saúde e educação, principalmente para atender uma população tão grande, desordem urbana, poucos espaços de lazer e cultura cada vez mais restrita. 

Nada menos do que três centros dedicados às artes estão fechados: o Teatro Municipal George Savalla Gomes, no Centro, concluído em dezembro, a tradicional Escola de Música Pixinguinha, e a Escola Municipal de Dança Claudio Rodrigues, a única com perspectiva de voltar a funcionar este ano, segundo a Prefeitura. 

O quadro é triste. A escola de música batizada com o nome do autor de “Carinhoso” funcionou durante 16 anos no Barro Vermelho, chegando a atender até 300 alunos, cerrou as portas em outubro do ano passado. O fechamento aconteceu em decorrência do corte de 1 mil cargos comissionados, para cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. 

O Teatro Municipal, que leva o nome de registro do inesquecível Palhaço Carequinha, comprometeu R$ 14 milhões em sua construção, mas, passados seis meses de sua entrega, ainda não abrigou nenhuma atividade cultural. Por enquanto é um elefante branco. 

E a escola de dança, no Portão do Rosa, durou menos de um ano, parando de funcionar no início de 2017. 

Com dificuldade para pagar os salários do funcionalismo, restam mínimas opções para a prefeitura: ou passa o chapéu pedindo dinheiro para os recursos, ou sai em busca de parcerias.