Depois do túnel

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É compreensível a curiosidade geral com relação ao andamento das obras do túnel Charitas-Cafubá. Trata-se de obra de grande porte e sonhada há décadas – dois quesitos os quais, por si sós, já justificariam todo o interesse despertado. Some-se a isto o fato de que as obras efetivamente estão avançando, o que, se para um estrangeiro nada tem de mais, aqui no Brasil é sempre digno de registro, uma vez que nunca faltaram pelo nosso país afora imensos canteiros de obras largados ao tempo, ou pontes erguidas ligando o nada a lugar algum.
Mas vamos além. É preciso ter em mente que o túnel é ótimo, sim – porém é apenas parte de todo um projeto muito maior, de intervenções urbanísticas voltadas à integração e à mobilidade. A TransOceânica vem tendo suas obras avançadas, aparentemente sendo questão de pouco tempo agora para que se transforme numa realidade. Além disto, é inegável que diversos outros investimentos importantes estão feitos em toda aquela área, tanto pelo poder público quanto pela iniciativa privada, após décadas de abandono quase total. A situação havia chegado a um ponto de quase estranheza, quase como se Niterói fosse um município e a Região Oceânica, outro.

Felizmente, agora toda aquela área está caminhando para atingir novos patamares, em termos de água e esgotos, pavimentação, drenagem, trânsito e transportes. E isso tem tudo a ver com o comércio. Os empreendedores estabelecidos na Região Oceânica, que tanto sofreram com inú- meras dificuldades de acesso e de falta de infra-estrutura nem geral, hoje podem começar a se programar para o início de um novo tempo. Porque com melhores condições de mobilidade, não tenham dúvida, os consumidores por lá estarão, circulando e consumindo, fazendo girar a roda do progresso e da economia. Nesse novo momento, o comércio terá papel de importância redobrada, sendo justo e necessário ouvi-lo e proporcionar todo o suporte possível às suas demandas.

O Sindicato dos Lojistas de Niterói está atento a isto, já tendo iniciado uma série de iniciativas para ampliar e reforçar sua presença institucional na Região Oceânica. Afinal, junto com o progresso virão novos anseios, novas necessidades, novas reivindicações. Não será mais possível soluções paliativas nem improvisos. A área da Segurança Pública, por exemplo, precisará estar pronta a prover mais e melhores contingentes e equipamentos para a Região Oceânica. O mesmo vale para as concessionárias de energia, de telefonia e de serviços de internet. Com total apoio do Sindilojas, o comércio haverá de cobrar melhorias em tudo isso, com a moral de quem constitui a verdadeira alavanca da economia local, sendo o grande empregador e distribuidor de renda