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Moradores do Barreto relataram à secretária de Saúde, Maria Célia, e ao vereador Bagueira o aumento de casos.
Foto: Divulgação
O número de casos suspeitos de chikungunya quase dobrou em Niterói de janeiro até último dia 9 de março, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, já foram registrados 243 casos nestes três primeiros meses do ano contra 160 no mesmo período de 2017. Em relação à dengue, os números também aumentaram. De janeiro até o dia 15 de fevereiro, foram registrados 205 casos, desde então até o último dia 9 o número disparou para 349, ou seja, mais 144 casos registrados em menos de um mês.
Por conta do aumento no número de notificações, principalmente na zona norte da cidade, uma reunião entre o presidente da Câmara dos Vereadores, Paulo Bagueira, e a secretária municipal de Saúde, Maria Célia Vasconcellos, foi realizada no último sábado (10), para a criação de uma frente de ação para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti. O encontro aconteceu na Policlínica Doutor João Vizela, no Barreto, junto à administração regional do bairro, com participação de moradores. Desde então, equipes da Prefeitura de Niterói têm intensificado a fiscalização na região. Ontem, funcionários fizeram vistoria no Morro dos Marítimos.
“Eu tive chikungunya no ano passado e tenho muitas dores até hoje. Essa semana, dois vizinhos ficaram doentes e um outro casal na mesma rua está há 20 dias com a doença”, contou a aposentada Maria José Dantas, 65, moradora do Barreto.
Na policlínica, pacientes apontam que o foco do mosquito está no entorno da antiga fábrica de tecidos do bairro. Segundo um funcionário da unidade, 27 casos suspeitos foram atendidos em apenas um dia.![]()
A aposentada Suzana Miriam conta com repentes para se proteger.
Foto: Evelen Gouvêa
Outra paciente do local, a aposentada Suzana Miriam, de 67 anos, revela que repelentes foram distribuídos aos idosos do ‘Projeto Bem Vividos’ da unidade, para proteger a população. Bairros como Engenhoca, Tenente Jardim e Venda da Cruz também foram apontados como atingidos pelo mosquito.
“Moro na Engenhoca e meus vizinhos estão todos doentes. São várias famílias doentes ao mesmo tempo. Estou gastando um dinheiro para me proteger, é repelente diariamente e remédios para a casa, pois não é uma doença que passa, as dores ficam. Minha filha está em tratamento com o reumatologista”, disse a aposentada Maria Tereza Fraga, de 75 anos.
Providências - Em seu perfil pelas redes sociais, o presidente da Câmara, Bagueira afirmou que foi montada uma comissão composta por pessoas da Administração Regional do Barreto, Secretaria de Saúde, Controle de Zoonoses e outros órgãos para ações nas áreas mais críticas da Zona Norte.
A Prefeitura de Niterói, através da Fundação Municipal de Saúde (FMS), informou que por conta do aumento no número de casos, intensificou, em todo o município, ações de combate ao mosquito, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Segundo o Executivo municipal, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), em conjunto com as unidades de saúde, já realizam ações de prevenção e eliminação dos focos nas casas, ruas, praças, além de ações educativas com a população e que o carro fumacê circula pelos bairros do município desde janeiro deste ano. Entretanto, a Prefeitura não informou quais bairros têm mais incidência de casos das doenças.
São Gonçalo - Os números da doença diminuíram consideravelmente este ano no município. De janeiro a fevereiro, foram notificados 115 casos suspeitos de dengue, 42 de zika e 78 de chikungunya. No mesmo período de 2017, foram respectivamente 569, 317 e 104.
Dados da Prefeitura revelam que os bairros com maior incidência de dengue são Venda da Cruz, Tenente Jardim e Pita, já a zika é mais registrada no Coelho, Santa Izabel e Monjolos. Chikungunya, por sua vez, têm mais incidência em Coelho, Santa Izabel e Venda da Cruz. Ao longo de todo o ano de 2017, foram 2. 472 casos suspeitos.
A Prefeitura de São Gonçalo informou que para eliminar os mosquitos já adultos, a Vigilância Ambiental está realizando ações com o carro fumacê em 18 bairros neste mês, entre eles, São Miguel, Mutuá, Raul Veiga, Boa Vista, Amendoeira, Alcântara, Jockey e Largo da Ideia.
Agentes de endemias também estão realizando visitas domiciliares procurando por focos do mosquito.
Dobra o número de casos suspeitos de chikungunya em Niterói
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