Doutores da Alegria celebram 10 anos do projeto Plateias Hospitalares

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Divulgação

A Associação Doutores da Alegria começa a celebrar os 10 anos do projeto Plateias Hospitalares no próximo dia 10 de julho, quando terão início as visitas aos hospitais pelos novos  grupos artísticos selecionados em edital para participar da iniciativa. Eles irão assistir às apresentações de grupos que já fazem parte do projeto, com vistas à preparação e capacitação para futuras apresentações.

A primeira parada, dia 10 de julho, será no Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, que receberá Contos do Oriente, um espetáculo de contação de histórias com o uso de fantoches. No dia seguinte, 11 de julho, o Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, será palco do espetáculo Poesia ao Pé do Ouvido, apresentado pela Companhia Teatro ìntimo. O grupo de atores levará para o público poemas de Carlos Drummond de Andrade, Manuel de Barros, Vinícius de Moraes, Adélia Prado, João Cecília Meireles, entre outros.

A agenda conta ainda com apresentações dia 16 de julho, no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, dia 18, no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, dia 23, no Hospital Estadual Eduardo Rabello, dia 24, no Hospital Municipal da Piedade, e dia 25, no Instituto Nacional de Cardiologia, em Laranjeiras. 

O projeto Plateias Hospitalares foi criado em 2009 pelos Doutores da Alegria com o objetivo de promover o acesso à cultura por meio uma programação voltada a pacientes adultos e idosos, crianças e comunidades do entorno de hospitais públicos do Estado do Rio de Janeiro. A ideia é trabalhar para que, cada vez mais, o hospital seja um espaço não somente de cuidado, mas de promoção da saúde, em que a arte é coadjuvante.

Entre os novos grupos e artistas selecionados das áreas de artes cênicas, música, circo e dança estão Os Siderais,  Guga Morales (Homem foca), Adorável Companhia, Ricardo Gadelha, Inepta Cia de Teatro, MelanCia, Magnífica Trupe de Variedades, Cia de Teatro Porão e Tambor de Cumba. Eles irão se apresentar entre julho de 2019 e dezembro de 2020 em sete hospitais do município e do estado do Rio de Janeiro.

Além de fazer a curadoria dos grupos, o Doutores da Alegria oferece formação aos selecionados, orientando e adaptando suas apresentações para o ambiente hospitalar.

De acordo com Silvia Contar, coordenadora do Plateias Hospitalares, o diferencial do projeto é abrir espaço de difusão da arte em locais adversos. “Para fazer a curadoria, levamos em consideração a qualidade artística e o ineditismo, fazendo com que o público hospitalar tenha acesso à uma programação que é sempre renovada. Além de ser uma ótima oportunidade de preparar artistas de diferentes linguagens que nunca tiveram contato com o ambiente hospitalar, vemos que também é uma experiência interessante para eles como espaço de pesquisa. Tanto que vários retornam com projetos novos, alguns, inclusive, criam espetáculos que estreiam primeiro no hospital e só depois de rodar no nosso “circuito hospitalar” ganham os palcos.“.

Inspirado no projeto americano Hospital Audiences, o Plateias Hospitalares tem parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Saúde. Desde 2009, já foram realizadas mais de 450 apresentações, envolvendo mais de 300 artistas, para 90 mil pessoas.

SOBRE DOUTORES DA ALEGRIA

Doutores da Alegria introduziu a arte do palhaço no universo da saúde, intervindo há 27 anos junto a crianças, adolescentes e outros públicos em situação de vulnerabilidade e risco social em hospitais públicos. 

A partir das intervenções em São Paulo e Recife, a associação compartilha o conhecimento produzido através de formação, pesquisa, publicações e manifestações artísticas. Entre seus projetos destacam-se a Escola dos Doutores da Alegria, um programa de formação de cunho social, o desenvolvimento de uma programação permanente em hospitais públicos e a articulação de uma rede de iniciativas semelhantes. E o conteúdo artístico produzido é apresentado em teatros e em empresas.

Desde 2016, Doutores da Alegria se reposiciona a partir de uma nova governança e uma nova tarefa institucional, propondo a arte como uma das necessidades básicas para o desenvolvimento digno do ser humano.

O trabalho é gratuito para os hospitais e mantido por doações de pessoas e empresas.