Em greve, funcionários da UFF fazem ato contra a PEC 241

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Em greve desde segunda-feira, servidores e alunos da Universidade Federal Fluminense – UFF foram à Reitoria na manhã desta quarta-feira (26) protocolar um pedido de Conselho Universitário Extraordinário e foram impedidos de acessar o prédio. Os manifestantes alegam que seguiram para a Reitoria protocolar o pedido após o Conselho Universitário, que estava marcado para esta quarta, no Instituto de Geociências, ter sido esvaziado após uma “manobra” da Reitoria. A reunião, que teve seu desenrolar prejudicado, era para discutir a PEC 241 e seu efeitos para a Universidade Federal Fluminense.

O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFF (Sintuff), Pedro Rosa, afirmou que os manifestantes foram vítimas de cárcere privado.

“Ao chegarmos no prédio, o reitor mandou fechar todas as portas da reitoria, impedindo a entrada dos servidores para protocolar o pedido de CUV Extraordinário e a saída de quem já se encontrava no prédio, o que caracteriza cárcere privado. Havia mais de 200 pessoas no local, entre servidores, estagiários, terceirizados e alunos que não puderam sair do prédio até as 13h”.

Ainda segundo o sindicato, a intenção da reunião era discutir a PEC 241, que, segundo os manifestantes, vai prejudicar o funcionamento e o orçamento anual da UFF.

“Já são 25 universidades federais em greve contra a PEC 241. Não aceitamos esse discurso de que não há dinheiro enquanto paga 47% de todo o nosso PIB para a dívida pública. Um dia de pagamento da dívida pública equivale a 500 anos de financiamento para o Hospital Antonio Pedro. Essa PEC tira da UFF mais da metade de seu orçamento anual. Há mais de seis meses o reitor faz manobras para que não tenhamos um conselho universitário, o que é obrigatório pelo regimento interno”, afirmou Pedro Rosa.

Em publicação na sua página oficial do Facebook, a Pró-Reitoria de Planejamento informou que “devido à invasão do prédio da Reitoria pelo Sintuff, poderá haver atraso no pagamento dos salários de outubro. Diante do caráter fortemente coercitivo do movimento – com ameaças explícitas de cárcere privado – todos os servidores tiveram que ser retirados do prédio. Visto que hoje  foi o último dia para o fechamento da folha no sistema, e considerando que esta tarefa só pode ser processada nos computadores da UFF, não foi possível enviar os dados para os financeiros em tempo hábil para pagamento no prazo”.