A folga que atrapalha

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Doze feriados nacionais, dois estaduais e, no caso de Niterói, dois municipais somam mais de meio mês de folgas, que aumentarão ainda mais se formos acrescentar prolongamentos quando as datas caem próximas a fins de semana. Bom para o turismo nacional? Tomara que sim, mas para as economias dos municípios, nem sempre. Prova disso são as constantes queixas do comércio. 

Em Niterói, o Sindilojas vem há anos defendendo redução de feriados em novembro, por exemplo, mês que conta com duas datas nacionais, dias 2 e 15, uma estadual, 20, e uma municipal, 22. A proposta é transformar o feriado pelo aniversário da cidade em data festiva, como já acontece na Capital, Rio de Janeiro. A ideia já conquistou apoio da Câmara de Vereadores e pode se tornar realidade se for sancionada pelo Poder Executivo. 

No Rio de Janeiro, que amargou este ano crise sem precedentes nas finanças, agravada pelos atrasos nos pagamentos do funcionalismo público estadual, a sucessão de feriados também é preocupante. Segundo o Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio), cada dia parado representa perda média de receita da ordem de R$ 400 milhões. 

De acordo com a entidade, se houver “enforcamento” de dias úteis por causa dos feriados, as folgas ao longo do ano podem atingir 30 dias, o que acarretará em prejuízo de R$ 4,8 bilhões para o comércio varejista carioca, além de reduzir ainda mais a arrecadação de impostos.

É hora de crescer, e não de reduzir.