Funcionários da UFF decidem cruzar os braços nesta quarta

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Em assembleia realizada ontem no campus do Gragoatá, servidores decidiram manter o estado de greve

Douglas Macedo

Servidores da Universidade Federal Fluminense (UFF) decidiram nesta segunda-feira (27), em assembleia no Campus do Gragoatá, permanecer em estado de greve e realizar uma paralisação de 24 horas na próxima quarta-feira. Na ocasião, eles farão um ato no campus da Praia Vermelha. Os funcionários reivindicam a manutenção da carga horária de trabalho em 30 horas semanais, com o fim do ponto eletrônico. Recentemente a reitoria aumentou a carga para 40 horas, desfazendo um acordo prévio com a categoria, argumentam os funcionários. 

“A assembleia dos técnicos administrativos da Uff votou por dar continuidade ao estado de greve, pois as condições de trabalho se agravam como no caso do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), com mais de 60 leitos fechados e o reitor que se recusa a negociar com a categoria. Ainda quer aumentar sua carga horária. Como parte da mobilização, os servidores irão paralisar os trabalhos dia 29 e realizar um ato no conselho universitário da universidade”, o coordenador Geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da 

Também coordenadora geral do Sintuff, Lígia Martins explica que o reitor Sidney Mello se recusa a conversar com os servidores que querem negociar as pautas da categoria. Segundo ela, há um decreto sancionado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, que garante as 30 horas de jornada de trabalho para a categoria. 

“O decreto 4836 / 2003, diz que entre outras coisas, os serviços que exigirem atividades superiores a 12 horas contínuas em atendimentos públicos, sendo diurno e noturno, devem ser divididos em 6 horas diárias de jornada e trinta semanais. Só que o nosso reitor está alterando isso para 40 horas semanais, e  desrespeitando uma lei. Cerca de 60% dos funcionários estão sendo obrigados a trabalhar as 40 horas semanais, ganhando o mesmo salário do resto”, argumenta. 

As ligações telefônicas feitas para a assessoria de imprensa da UFF não foram retornadas.