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Cerca de 100 guardas-municipais marcaram presença no ato, em frente à prefeitura, que deu início à paralisação
Foto: Evelen Gouvêa
Agentes da Guarda Municipal de São Gonçalo deram início nesta segunda-feira (11), com ato em frente à sede da Prefeitura da cidade, a greve por tempo indeterminado em seus serviços. A corporação tem como principais reivindicações a conclusão dos planos de cargos e salários e o plano hierárquico, com o pagamento integral de 100% do adicional da Guarda Municipal. Os grevistas pedem ainda melhores condições de trabalho e o fim do sucateamento de viaturas e fornecimento de material de trabalho adequado. Os cerca de 100 guardas começaram a se concentrar no local por volta de 9h com carros de som e faixas com as reivindicações da categoria. De acordo com grevistas, mesmo cruzando os braços, a Guarda vai manter 30% do efetivo atuando diariamente para garantir o serviço nos postos principais da cidade.
Um dos representantes dos grevistas, o instrutor de trânsito Marcus Vinícius de Sá apontou as más condições de trabalho como um dos maiores problemas da Guarda Municipal atualmente.
“Nós queremos dignidade para trabalhar. Hoje a Guarda Municipal opera como se estivesse nos anos 90. Os telefones não funcionam, os uniformes não são trocados há mais de três anos, as viaturas estão sucateadas”, enumerou.
Trabalhando na Guarda Municipal há 23 anos, Izídia Miguez é uma das servidoras que cruzou os braços esta segunda-feira. Para ela, a Guarda Municipal se manteve em operação graças aos esforços da própria corporação.
“A guarda vem em um processo de degradação desde sua criação. Nos últimos 10 anos, nada do que a gente tinha, em termos de material para trabalhar, foi reposto. Quando acaba a bateria da viatura, nós fazemos uma vaquinha para botar o carro para funcionar. Fomos dando jeitinho, e a administração foi lavando as mãos. Nós gostamos de nossa função, gostamos de prestar serviço à população. Mas precisamos de condições para trabalhar”, garantiu.
Segundo informações da Guarda, nesta segunda, a corporação não tinha gasolina para colocar as viaturas nas ruas. Rosângela Coelho, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Efetivos de São Gonçalo (Sindspef), explicou que a Guarda Municipal está trabalhando em conjunto com o sindicato.
“Esses problemas não prejudicam só os servidores, mas também os munícipes, que podem precisar do guarda, e ele não tem como trabalhar. A greve é por isso: para montar ordem de trabalho”, disse.
Às 11h, uma comissão de greve foi recebida pelo procurador do município Marcos Vinicius Fonseca e o comandante da Guarda Municipal, Pedro Jorge da Silva. Segundo a assessoria da imprensa da Prefeitura de São Gonçalo, foi garantida a regulamentação do Adicional de Desempenho (ADGM) e do Plano de Carreira, as viaturas passarão por nova manutenção e novos uniformes serão entregues no final do mês de julho. A prefeitura informou ainda que estuda a possibilidade de fazer um contrato de manutenção permanente para as viaturas da Guarda Municipal. Apesar do posicionamento do executivo, segundo Marcus Vinícius de Sá, um dos representantes do movimento, não houve acordo entre grevistas e prefeitura e, por isso, a greve foi mantida por tempo indeterminado.
Guarda Municipal de São Gonçalo entra em greve
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