Hora de o Brasil funcionar

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A eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do DEM-RJ, significa muito neste momento do Brasil. O país precisa vencer a inércia que imobiliza a Câmara e emperra a votação de projetos importantes. 

Desde o ano passado, quando estouraram com maior frequência e peso os escândalos de corrupção envolvendo governos e verbas públicas, que o Brasil parou. 

Parou por causa da crise política, da agonia até o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) e parou também com o afastamento do então presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, que renunciou ao cargo na presidência da Casa mas manteve o mandato enquanto luta para evitar cassação, que está sendo discutida na Casa. 

Se o ano de 2016 já estava em marcha lenta por conta das reviravoltas na política, o caso se agravou durante a presidência interina do deputado Waldir Maranhão, vice do afastado Eduardo Cunha.

Com eleição concluída na madrugada de ontem, Rodrigo Maia assume o cargo para um mandato de seis meses, até fevereiro de 2017, quando se encerra a gestão que seria de Cunha e abre-se espaço para escolha de novo presidente. 

O tempo é curto, o recesso parlamentar começa na próxima segunda-feira e os rumos da presidência da República ainda não estão definidos. O processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff tramita no Senado.  

O abraço dos dois candidatos, Rodrigo Maia e Rogério Rosso, do PSD do DF, que disputaram o segundo turno para eleição da Câmara na quarta-feira, pode significar muito mais do que mera cordialidade diante das câmeras num momento de grande cobertura de mídia. 

O que se espera é que os políticos consigam acertar o foco e unir forças para que o Brasil possa superar o momento de fragilidade política e voltar a crescer.