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Ufa! Finalmente, depois de um longo tempo – bota longo nisso – a Comissão Mista de Orçamento da Câmara dos Deputados aprovou em Brasília verba para a compra do prédio de 10 andares da Justiça do Trabalho em Niterói. Pertence à Previdência Social. Portando, agora a justiça especializada deixará de ser inquilina para passar a ser senhoria.
 
Bela iniciativa, pois já não era sem tempo.
 
O imóvel conta com oito varas, com o anúncio para a instalação de mais uma eletrônica. Cada juiz faz, em média, 20  audiências de manhã à tarde, de segunda a quinta ou sexta-feira. É um trabalho para ninguém botar  defeito.
 
A presidente do TRT, desembargadora Maria das Graças Paranhos, marca um golaço, passando, agora, a bola da vez para o novo presidente eleito, desembargador Antonio Zorzenon, que já prepara novos petardos.
 
Sem a menor dúvida, o prédio da Justiça do Trabalho  deveria  ser do TRT há muitos e muitos anos. É inquilino desde que deixou um prédio pequeno, de três andares, na Rua Dr. Celestino, para permitir o seu crescimento e ser inaugurado pelo então presidente, desembargador Melo Porto, na Avenida Amaral Peixoto, no centro de cidade. O que ocorreu em 1994.
 
O tempo passou, mas a  vontade de lutar permaneceu latente e inquebrável. Resultou nessa beleza pura, cujo pontapé inicial foi dado pala Câmara, numa demonstração de que quer a continuidade da JT na sua importante tarefa de  dirimir,  a contento, os litígios entre o capital e o trabalho. 
 
Mas tão-somente para o Congresso.
 
No meio das  classes empresarias,  continua a guerra surda para reduzir o poder da Justiça do Trabalho, que desempenha a importante  finalidade de aparar as arestas entre patrões e empregados, sem qualquer dano colateral. Vence quem tem razão.
 
O resto é pura balela.
 
O que não pode acontecer é  imaginar que o Brasil é um país de primeiro mundo, onde os salários chegam ao fim do mês com caixa e dá ainda para se juntar dinheiro. Aqui, ao contrário, o salário do trabalhador nem dá para alcançar o mês. 
 
 
É uma joia pura de 18 quilates essa decisão da Câmara e põe em relevância mais esta vitória em meio ao fogo cruzado dos que querem aniquilar essa justiça sob mil um pretexto.
 
Todos sem razão de ser.