A volta para casa foi caótica na última segunda-feira. Não bastasse a chuva, motoristas passaram horas em engarrafamentos. No Terminal Rodoviário João Goulart, passageiros esperavam em vão por ônibus que custavam a aparecer por um único motivo: ninguém circulava pela cidade.
Muitas ruas alagaram, com destaque para a Avenida Roberto Silveira, principal ligação de quem segue do Centro em direção à Zona Sul e Região Oceânica. Pequenos botes e pranchas de stand-up paddle surgiram como alternativa de transporte em ruas que se transformaram em rios, algumas com correnteza forte.
O cenário foi aterrador e infelizmente faz parte da nossa realidade. A força da natureza não é de nosso domínio e realmente cumprimos muito pouco da nossa parte. Todo mundo sabe o quanto o desmatamento, o adensamento urbano, as ruas estreitas contribuem para as enchentes e engarrafamentos, ainda mais numa situação de caos, como chuva forte num horário de volta para casa em massa.
Episódios dramáticos como os de segunda-feira para milhares de pessoas reféns do trânsito sem poder se movimentar oferecem, no entanto, elementos para reflexão profunda. Precisamos pensar o futuro, planejar o amanhã e, principalmente, nos educarmos para respeitar o próximo e a nós mesmos.
Temos, todos, que ter atitudes conscientes e cobrar dos governantes as ações que realmente beneficiem as cidades.
Lição amarga
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