UFF segue sem luz no fim do túnel

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Manifestação, que começou no Campus do Gragoatá, terminou na sede da Enel

Foto: Douglas Macedo

Representantes da comunidade universitária, composta por estudantes, professores e profissionais terceirizados, realizaram uma manifestação, na tarde desta terça-feira (19), em protesto contra o corte de energia da Reitoria e do Centro de Artes da Universidade Federal Fluminense (UFF). O ato teve início no Campus Gragoatá, em São Domingos, e seguiu até a portaria principal da empresa Enel Distribuição Rio. Ao todo, cerca de 100 pessoas participaram da manifestação, que também contou com a presença de profissionais do Hospital Universitário Antonio Pedro (Huap). 

Uma semana após o corte no abastecimento de energia, gerado por uma dívida que ultrapassa R$ 19 milhões, conforme informou a concessionária, a classe universitária se uniu para reivindicar o restabelecimento dos serviços, vestindo uma camisa com a frase “Contra a covardia: Em defesa da UFF e do HUAP”. Segundo alunos, a medida provoca transtornos à comunidade acadêmica, uma vez que impede o fornecimento de diplomas, certificados e outras demandas relacionadas ao setor administrativo. Além disso, os estudantes também ressaltam que a atitude freia a realização de projetos culturais e impede a expansão do conhecimento na região fluminense.

De acordo com o reitor Sidney Mello, a Enel realizou o corte na tentativa de negociar o valor de forma desvantajosa, o que representa um desrespeito à história da Universidade Fluminense. “Em 2015 fechamos um acordo judicial com a concessionária e o Ministério da Educação para o pagamento de uma dívida de R$ 16 milhões. Contudo, houve uma deslealdade por parte da distribuidora e uma omissão do MEC, visto que o órgão repassou apenas R$ 6 milhões do valor acordado de maneira extraorçamentária,” esclareceu o reitor, acrescentando que “A UFF não quer lesar nenhuma empresa, nós iremos honrar nossos compromissos desde que o MEC ofereça o recurso. Caso contrário, não haverá negociação”, declarou.

Com uma dívida de R$ 12 milhões, os profissionais do Huap também protestaram contra a ameaça da Enel de suspender a energia da unidade. Durante a manifestação, o diretor do hospital, Tarcísio Rivelo, afirmou que a gestão está batalhando para resolver o problema, através de medidas judiciais. 

A Enel informou que o acordo de pagamento ainda não foi concluído e o fornecimento de energia permanece suspenso.