Manifestação no Rio termina em confusão

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Um protesto que começou por volta das 16h no Centro do Rio reuniu diversas categorias, incluindo professores, profissionais de saúde e metalúrgicos. A manifestação - que seguiu da Candelária até a Assembleia Legislativa (Alerj) - também atraiu diversos jovens mascarados, a maioria estudantes secundaristas. 

A presidente do Sindicato dos Professores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Lia Rocha, disse que a instituição está em greve há quatro meses, por melhorias salariais e de infraestrutura. 

“Este ano a nossa universidade não recebeu nenhum investimento por parte do estado. O restaurante está fechado e não tem ninguém para fazer a limpeza. Estamos em uma greve unitária, reunindo técnicos, alunos e professores”, disse Lia.

A integrante do Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino do Rio de Janeiro (Sepe), Cecília Braz, do núcleo de Barra Mansa, reconheceu que há risco dos estudantes perderem o ano letivo, após quatro meses de greve, que teve continuidade aprovada em assembleia durante a tarde.

“Se perdermos o ano letivo, será um ano que vamos lutar para resgatar, pois é profundo o descaso com a escola pública. Quando os alunos ocuparam as escolas, eles mostraram o quanto está deficiente a educação no Brasil. A nossa luta é justa, pois estão nos tirando um direito sagrado, que é o salário. E se a gente não luta, nossa situação vai piorando cada vez mais”, disse Cecília.

Um grupo de seis jovens foi preso pela PM após o encerramento do protesto. O fotógrafo Cauê Paloni, do coletivo Democratize, também foi detido ao registrar a prisão de um manifestante.

Eles foram levados para a 5ª Delegacia de Polícia, na Lapa, e depois transferidos para a Cidade da Polícia, para serem ouvidos. O comandante do 5º Batalhão de Polícia, tenente-coronel Maurício Silva, esteve na delegacia e disse que um dos rapazes foi preso por estar depredando patrimônio público e que o fotógrafo foi preso por “atrapalhar a prisão”. 

Os jovens foram assistidos pela advogada Eloisa Samy, que iria se pronunciar somente após ouvir a versão dos dois.