Mosquitos do Projeto Eliminar a Dengue chegam a Itacoatiara

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Método reduz a transmissão dos vírus da dengue, zika e chikungunya dentro da área de atuação dos mosquitos do projeto

Foto: Marcelo Feitosa

Em continuidade ao Projeto Eliminar a Dengue: Desafio Brasil, equipes da iniciativa liberaram, na manhã desta terça-feira (11), tubos de Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, os chamados “mosquitos do bem”, em Itacoatiara, Região Oceânica de Niterói. O bairro deve continuar recebendo as liberações por cerca de dois meses, e outras áreas da cidade começarão, dentro dos próximos meses, a ser contempladas. Nesses locais, equipes já começam a explicar o projeto para moradores, e os estudiosos à frente do programa garantem: não há aumento no número de mosquitos onde acontecem as liberações. 

De acordo com os responsáveis pelo projeto, a bactéria é natural e existe em muitos outros insetos e, ao ser colocada nos mosquitos, descobriu-se que ela bloqueia os vírus. Na metodologia, a Wolbachia é inoculada no ovo do Aedes aegypti, para que ele se desenvolva com a bactéria no seu organismo de forma intracelular. 

Concluídos os sete bairros onde o Eliminar vem trabalhando nas últimas semanas, outras quatro áreas serão beneficiadas. Na Região Oceânica, Cafubá, Jacaré, Jardim Imbuí, Piratininga, Santo Antônio e Camboinhas também receberam liberações. Coordenador de entomologia do projeto, Gabriel Sylvestre explicou que, a longo prazo, a liberação de mosquitos não promove o aumento de insetos nas regiões contempladas pelo projeto. 

“Após a interrupção das liberações, a quantidade de mosquitos volta ao normal, porque eles são substituídos. O ciclo de vida deles é relativamente curto. A participação e os comentários são importantes para a gente receber esse termômetro da população. Em breve, vamos chegar ao Engenho do Mato, Itaipu, Maravista e Serra Grande”, adiantou.
 
Ele ainda garantiu que bairros como Icaraí e Santa Rosa, na Zona Sul da cidade, ainda não receberam os mosquitos, mas essas liberações ainda vão acontecer. 

O método reduz a transmissão dos vírus da dengue, zika e chikungunya, libera mosquitos a cada cinquenta metros nas áreas de implementação do projeto e promete ajudar a proteger dessas doenças mais de 32 mil habitantes da Região Oceânica. O projeto já está em curso desde o início desse ano nos bairros de Charitas, Preventório, São Francisco e Grota do Surucucu e, por lá, já está em fase de liberação dos mosquitos em algumas destas localidades.