O lado mais fraco

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A crise econômica não perdoa ricos e pobres, mas, sem dúvida, o aperto é muito maior para os menos favorecidos financeiramente e mais inexperientes. A seção Mercado de Trabalho do blog Carta de Conjuntura, divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que os mais prejudicados com a retração da economia são os jovens com idades entre 18 e 24 anos. De janeiro a junho deste ano, apenas 25% dos desempregados nessa faixa etária conseguiram se recolocar no mercado. 

Entre os que perderam o emprego, os mais jovens compõem o grupo com maior perda percentual de ocupação. Nos últimos cinco anos, o número de jovens ocupados que foram dispensados aumentou de 5,2% para 7,2%. O salário deles também caiu 0,5%. 

Tomara que esse quadro se reverta rapidamente. Com as dificuldades enfrentadas pela Previdência Social, é urgente o ingresso na formalidade dos jovens trabalhadores. 

A absorção do contingente mais jovem da população pelo mercado informal é perigosa, pois não sustenta o sistema previdenciário, principalmente para as novas gerações, que terão que contribuir por mais tempo para obter suas aposentadorias. Além disso, há o problema da falta de experiência, que, com o passar dos anos, pode prejudicar quem não consegue um emprego. 

O importante para os jovens é não deixar de estudar, buscar capacitação para se qualificar para um trabalho melhor, visando alcançar a realização profissional e pessoal com dignidade.