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É indiscutível que o Brasil mudou. Ou melhor, está trilhando um caminho sem volta. A aprovação do relatório sobre projeto de lei que estabelece medidas contra a corrupção (PL 4.850/16), apresentado pelo deputado Ônix Lorenzoni (DEM-RS) na Comissão Especial da Câmara, gerou suspeita de possível manobra, mas não deu em nada. Havia rumor de que um grupo de líderes partidários estariam providenciando um texto alternativo com previsão de anistia para prática de caixa 2 cometida em eleições passadas, mas o presidente da Casa, Rodrigo Maia, descartou essa possibilidade ser aceita ao adiar a votação para terça-feira. Maia lembrou que não seria possível haver “pegadinhas” em relação a um assunto de interesse da sociedade, e reforçou que cada deputado tem seu mandato e compromisso com o eleitor. Segundo ele, até terça-feira todas as lideranças serão ouvidas. “Nossa obrigação é, de cabeça erguida, discutir esta matéria”, convocou o presidente da Câmara.

O assunto foi tema das discussões ontem. Ao falar na abertura de um seminário sobre medidas contra a corrupção, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também bateu duro. Ressaltou que aprovação do relatório foi expressiva, 30 votos a 0, e que espera que o Congresso Nacional não ignore a petição popular para a formulação da proposta, que reuniu 2,5 milhões de assinaturas. “Esperamos que semana que vem tenhamos ótimas notícias com a aprovação pelo plenário, sem surpresas, sem más notícias”, torce o procurador-geral.

O Brasil quer passar a limpo essa triste história da corrupção, que chegou ao ponto de paralisar o funcionamento do País, estourando contas públicas, afundando as finanças dos estados, agravando a crise política e, principalmente, prejudicando a população, que é quem paga a conta e sofre as consequências com o desemprego, saúde precária, deficiências na educação e desamparo social.