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Secretaria de Ordem Pública, com apoio da Polícia Militar, atuou de forma pacífica na Praça da Cantareira e arredores, para coibir irregularidades e garantir mais segurança para a população
Douglas Macedo
A primeira quinta-feira da operação “Cantareira Legal” foi de aparente tranquilidade para quem optou por aproveitar a noite na praça Leoni Ramos, em São Domingos. A ação é uma parceria da Secretaria de Ordem Pública de Niterói (Seop) com a Polícia Militar e tem o intuito de coibir irregularidades e dar mais segurança aos frequentadores da praça , conhecida como Cantareira. Houve um estudo da PM sobre o local, que detectou que a região recebe um grande número de frequentadores em dias de quinta-feira.
Por volta 21h20 desta quinta-feira (26), equipes da Guarda Municipal e da fiscalização de Posturas da secretaria, além de duas viaturas da Polícia Militar, fizeram o patrulhamento nas ruas do entorno, que recebem pessoas em bares e também na praça.
O movimento era aparentemente mais baixo do que o habitual, segundo os frequentadores, mas a presença das forças de segurança já pôde ser percebida por quem passou pelo local.
“Achei ótimo porque acaba com essa bagunça que eles fazem aí. Fazem uma baderna sem fim que se estende até altas horas da madrugada. Eu mesma já presenciei pessoas sem roupa ali. Realmente é muito importante a presença tanto da Guarda [Municipal] quanto dos policiais [militares]”, comemorou uma moradora que pediu para não ser identificada.
Durante a operação, agentes da fiscalização de Posturas da Seop realizaram varreduras nos bares e restaurantes do entorno da praça. Segundo o major Francisco Artênio Wermelinger, responsável pela ação na Cantareira, a iniciativa é para melhorar o ordenamento e reorganizar os comerciantes e ambulantes.
“Hoje , o objetivo é de organização. Nós fizemos ações de controle do espaço que é usado pelas mesas nos bares e restaurantes aqui da praça. Foi uma noite tranquila e a nossa intenção é melhorar o espaço para que, não só os frequentadores usem, mas principalmente os moradores que residem próximo possam se sentir à vontade também”, informou o major, dizendo ainda que os estabelecimentos que foram notificados terão o prazo de três dias para se regularizarem.
Gerente há oito anos de um restaurante, Antônio Nobre, de 48 anos, também aprovou a iniciativa de dar mais segurança ao local.
“Nessa praça a gente vê de tudo e, quanto mais tarde, pior. Param carros de som tocando músicas altas e isso incomoda os clientes aqui”, disse.
Foram mantidas as tradicionais “barraquinhas” que, segundo a Seop, estão cadastradas para funcionar legalmente. Apenas ambulantes que comercializam bebidas em isopores não estão autorizados. Durante a operação não houve registros de violência.
Apenas algumas poucas pessoas foram contrárias ao patrulhamento na Cantareira. Cerca de dez jovens manifestaram-se, pacificamente, com cartazes, em repúdio à ocupação na praça. Nos cartazes, o grupo escreveu palavras como “repressão” e “a Cantareira já é legal”.
Operação Cantareira Legal tem início em São Domingos
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