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Bastou que a onda de crimes aumentasse para níveis insuportáveis e assustadores, principalmente em Niterói, que alguns segmentos passassem a recorrer à educação como único meio de reduzir ou tentar estancá-la a fim de evitar a aplicação de leis rigorosas.

Acontece que no país a educação não é prioridade e todo mundo sabe que não há estudos para todos, por falta de investimentos nessa sensível área.

Faltam salas de aulas e professores, cuja profissão está sendo abandonada tendo em vista os baixíssimos salários. Um professor do estado que leciona nas primeiras séries ganha menos do que um empregado doméstico. É um belo exemplo do sucateamento do ensino. A prevalecer essa ótica, então é deixar o bandido tomar conta do espaço, até que toda a população carente esteja alfabetizada. É um erro de enfoque igualmente. É considerar as camadas mais pobres criminosas, o que não condiz com a verdade. A totalidade é correta, pacífica e trabalhadora. Não se pode dizer que tudo lá é joio e não trigo, sob pena de se cometer uma grassa injustiça e ativar preconceito. A realidade é inteiramente inversa. Em 99%, é trigal.

Em síntese, pela pregação desse segmento, é deixar ficar como está, independente da ação violenta dos criminosos de todas as idades. Podem, portanto, continuar a assaltar, traficar, estuprar, ferir e matar. É também sem amparo a tese daqueles que pregam o desarmamento da polícia, numa época em que os marginais andam armados até os dentes, com potentes pistolas, revólveres, fuzis e até metralhadoras.

Em ambos os casos, o momento é para que os sonhadores ou mal-intencionados retirem o cavalinho da chuva, porque a sociedade está assustada e saturada e quer leis penais duronas e não mãezonas.

E maior policiamento das ruas e nas áreas consideradas filé mignon para os bandidos. Niterói clama pelo aumento de maior número de policiais na PM e nas delegacias para tornar a cidade mais segura. O resto da peroração é conversa para boi dormir. Também jogar a culpa da falta de presídio não cola. Se o estado não tem condições de construir mais presídios e de ampliar e melhorar os atuais, o jeito é chamar a iniciativa privada para parceira.

Certamente, o desumano tratamento aos presos seria melhorado acentuadamente. E poderiam ser implantadas medidas de ressocialização, capazes de inserir os presos na sociedade quando cumprida a pena. Basta, portanto, querer.