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Manifestantes pediram mais segurança nas ruas do Ingá
Foto: Douglas Macedo
?A manifestação contra a violência no Ingá, organizada por estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF) foi marcada por cenas de violência. Durante a passeata, no início da noite desta quinta-feira (30) um homem foi preso em flagrante na Rua Presidente Pedreira, acusado de roubar o telefone celular de uma mulher. Momentos antes, duas universitárias que participaram da passeata foram perseguidas na Rua Tiradentes por um criminoso quando se dirigiam para a concentração do evento. Mais cedo, quatro estudantes já haviam sido assaltados por dois homens em uma motocicleta, quando saíam do prédio da UFF, também na Rua Tiradentes.
Com faixas e cartazes, as manifestantes pediam mais segurança para as ruas do bairro, onde funcionam várias unidades da universidade. Eles também pediam o fim da cultura do estupro, já que, segundo estudantes, um maníaco estaria agindo na região. Segundo a polícia, a mulher que teve o celular roubado estava em um ponto de ônibus, esperando a manifestação passar, quando um homem de bicicleta passou e arrancou o aparelho de suas mãos. Ele foi perseguido por agentes da Guarda Municipal que acompanhavam a passeata e alcançado. Detido em flagrante, ele foi algemado e levado para a 76ª DP (Centro).
Pouco antes do ato público começar, outro caso de violência já havia assustado os manifestantes.![]()
Homem acusado de roubar celular durante manifestação contra violência foi preso por agentes da Guarda Municipal que acompanhavam protesto
Foto: Douglas Macedo
?“Um homem bem-vestido começou a nos olhar. De repente ele atravessou a rua em nossa direção, mas como estávamos na porta da faculdade, entramos. Levamos uns 20 minutos lá. Na saída, olhamos para os lados procurando o rapaz e, como não o vimos, decidimos sair. Mas de repente ele apareceu, do nada, atrás da gente. Apertamos o passo e corremos em direção à Faculdade de Direito. Ele correu atrás, mas quando viu que havíamos conseguido entrar, ele parou numa lanchonete aqui na frente e ficou olhando para gente”, relatou assustada a estudante Thabata Ribeiro, de 20 anos.
Além do maníaco que estaria agindo na área, um homem estaria assaltando sempre bem-vestido, para não despertar suspeitas. Umas das organizadoras do evento, a estudante de Direito Isabelle Inhaquite, de 21 anos, conta que a segurança na região é precária. Segundo ela, as estudantes, temendo andar sozinhas pelas ruas do bairro, criaram um grupo no WhatsApp para fazer alertas.
“No grupo, as meninas sempre informam seus horários e onde estão, para conseguir companhia ao ir de um lugar para outro”.
O comandante do 12º BPM (Niterói), coronel Fernando Salema, disse que recentemente criou dois novos setores motorizados para atender os alunos e moradores do bairro. “Estamos acompanhando as denúncias, mesmo sem os registros nas delegacias”, afirma.
Protesto contra violência é marcado por assalto
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