RJ-106 carece de cuidados

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Ao longo dos seus 198,2 quilômetros, não é difícil encontrar buracos pela via

Foto: Douglas Macedo

Não é de hoje que os motoristas que trafegam pela Rodovia Amaral Peixoto, mais conhecida como RJ-106, reclamam das condições da via. A estrada, que corta os municípios de Niterói, São Gonçalo e Maricá no sentido da Região dos Lagos, sofre há anos com buracos ao longo de toda a sua extensão, além de baixa sinalização e pouca fiscalização de velocidade.

A falta de radares e sinalização, por exemplo, contribui para que veículos circulem acima dos limites de velocidade da via, o que traz riscos tanto para os motoristas, quanto para os pedestres que, pela distância entre as passarelas ofertadas, acabam arriscando as vidas para cruzarem a autopista.

As péssimas condições da via, aliadas à incapacidade econômica do estado do Rio de promover melhorias, fizeram com que outras alternativas passassem a ser consideradas. Neste sentido, em 2017, um estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) apontou que a melhor opção para a via seria o estabelecimento de uma concessão ou Parceria Público-Privada.

Futuro - A recomendação deve ser seguida. Isto porque Lucas Tristão, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego e Renda do Estado do Rio, admitiu, nesta semana, a possibilidade de privatizar 13 rodovias estaduais, entre elas, a RJ-106. Tristão afirma que estudos já estão sendo realizados.

“No caso específico da RJ-106, os estudos para a recuperação, operação e manutenção da rodovia indicarão a viabilidade ou não de sua duplicação. Também vislumbramos a hipótese de exploração de estruturas e serviços ao longo das vias para viabilizar empreendimentos”, disse. 

Entre as que poderão ser alvo de concessões, a RJ-106 deverá ser a com o maior trecho nas mãos da iniciativa privada, com 198,2 quilômetros concessionados, mas, segundo Tristão, o consumidor pagará a conta, uma vez que o modelo de concessões pressupõe pedágio.