Rotativo: melhorias para trabalhar

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Trabalhadores exigiram melhores condições de trabalho durante o protesto

Foto: Evelen Gouvêa


Cerca de 40 funcionários da empresa Niterói Rotativo se concentraram na manhã desta quinta-feira (14), no Gragoatá, para uma manifestação por melhores condições de trabalho. Junto ao Sindicato Dos Guardadores De Automóveis Dos Municípios De Niterói, São Gonçalo, São João de Meriti, Campos, Duque de Caxias e Petrópolis, eles reivindicam apoio para exercer suas funções nas ruas.

“Como você trabalha na chuva se não tem uma bota? Eles dão uma capa de chuva, e, se você está há dez anos na empresa, é só o que vai ter. Para bebermos água, temos que trazer de casa, porque eles não dão. Se preciso ir ao banheiro, preciso pedir aos comerciantes. Já pedimos, já fizemos abaixo-assinado, e nada”, reclamou Jone Galdino, de 43 anos.  

Outra reivindicação é relativa à segurança de trabalho. Como os trabalhadores são, em sua maioria, moradores de comunidades controladas pelo tráfico de drogas, eles reclamam de dividir espaço com policiais militares que fazem ronda na Praça do Rink. O estacionamento no local hoje é administrado pela Niterói Rotativo, mas o local tem histórico de atuação de flanelinhas ilegais.

“Nós não estamos questionando o trabalho que é feito, mas as pessoas que exercem essa função. Vamos supor que você more dentro de comunidade, como é o nosso caso. E ele é um policial na ativa. Estou fazendo meu trabalho, e ele do meu lado planilhando. Daqui a pouco ele vai fazer ronda na comunidade, e mata um bandido. Como é que vou explicar para o tráfico de drogas que não tenho nada a ver com esse policial que fez a ação na comunidade?”, questionou.  

Representante da empresa Niterói Rotativo, Fernanda Krykhtine acenou para a possibilidade de melhoria das condições de trabalho para os guardadores de carros.

“Eles têm capas de chuva disponíveis para uso. Estamos em negociação com a Prefeitura para que os funcionários tenham pontos de apoio para ir ao banheiro, beber água. A empresa está aberta a reivindicações, mas é preciso que os funcionários se organizem”, disse.

Segundo o vereador e presidente da Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos do Contribuinte da Câmara de Vereadores, Daniel Marques (PV), a causa dos funcionários está sendo acompanhada a fim de garantir que os direitos trabalhistas sejam cumpridos.

“Há cerca de 10 dias, o sindicato esteve no gabinete para esclarecer questões de contratos trabalhistas. Hoje pela manhã, me procuraram dizendo que sofreram assédio de um supervisor. O que está sendo feito da nossa parte é o acompanhamento para que não haja abusos no trabalho dos funcionários”, adiantou.  

Daniel adiantou que o Sindicato vai solicitar formalmente uma reunião com a empresa.