Suspeita de Zika vírus preocupa a população de Niterói

Niterói
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Mosquito aedes aegypti, além da dengue, também transmite o zika vírus

Divulgação

Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde, o Rio de Janeiro registrou, desde o ano passado até agora, 12 casos de Zika vírus. Já em Niterói, neste mesmo período, foram registrados dois casos. Apesar disso, as suspeitas não param de crescer e lotar as unidades de saúde da cidade. De um total de cerca de 70 pessoas que aguardavam atendimento, nesta terça-feira (5) à tarde, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Fonseca, pelo menos 10 apresentavam sintomas de Zika vírus: manchas vermelhas pelo corpo, dor muscular, cefaleia, dores nas juntas, fadiga e febre. No Hospital Estadual Azevedo Lima, a situação não era diferente. Na unidade, duas grávidas estavam entre os mais de 10 pacientes com suspeita da doença, que é associada à microcefalia em bebês.

Grávida de 5 meses, Maria Aparecida Pereira Barbosa, de 31 anos, começou a apresentar os sintomas há mais de uma semana. Decidiu procurar ajuda quando percebeu que as manchas aumentaram e a coceira também.

“Não busquei atendimento antes porque no início era só um mal-estar. Pensei que fosse normal da gravidez”, contou Maria, enquanto aguardava ser atendida. 

Infectologista no Hospital Icaraí, Paulo Furtado explica que a doença é transmitida pelo Aedes aegypti, mesmo mosquito transmissor da dengue, e, por isso, há diversos sintomas em comum: febre, dor de cabeça, nos músculos e nas articulações; e, principalmente as “exantemas”, que são as manchas vermelhas na pele.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, desde novembro do ano passado, quando se tornou obrigatório no Estado a notificação de gestantes com manchas vermelhas na pele (exantema), 12 mulheres tiveram a confirmação de Zika vírus, entretanto, não há confirmação se os fetos apresentam microcefalia. Ainda segundo o órgão, em 2015 foram registrados 115 casos de microcefalia no Estado do Rio. 

Dados do Ministério da Saúde apontam que mais três casos foram registrados, neste início do ano, no Estado, totalizando 118 casos suspeitos de microcefalia relacionados ao Zika. 

Suspeita – Dados divulgados nesta terça pelo Ministério da Saúde mostram que foram notificados 3.174 casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus Zika em recém-nascidos. Pela primeira vez está sendo investigado um caso no Estado do Amazonas. As notificações estão distribuídas em 684 municípios de 21 unidades da federação. Também estão em investigação 38 óbitos de bebês com microcefalia, possivelmente relacionados ao Zika. 

O Ministério da Saúde só tem divulgado o número de casos em que há suspeita de que o recém-nascido tem microcefalia relacionada ao vírus Zika. Os bebês têm o quadro confirmado ou descartado depois que passam por exames neurológicos e de imagem, como a ultrassonografia transfontanela e a tomografia, porém, desde que começou a divulgar semanalmente boletins, a pasta tornou pública a confirmação de 134 casos e o descarte de 102.