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Em Niterói, as praias de Piratiniga e Itaipu, na Região Oceânica, seguem com as atividades até o dia 25 de janeiro

Marcelo Feitosa

Cerca de 170 crianças e adolescentes participaram do primeiro dia do Projeto Botinho, em Piratininga, Região Oceânica de Niterói, na manhã desta segunda-feira (14).

A edição 2019 da tradicional colônia de férias iniciada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) é uma correalização com o Sesc RJ e acontece em 26 praias do Estado, até o dia 25 de janeiro, de forma totalmente gratuita. Em Niterói, além de Piratininga, a ação acontece também na Praia de Itaipu.

As atividades vão beneficiar cerca de 3.700 crianças e adolescentes no Estado. Os alunos são divididos em três turmas: Golfinho (7 a 10 anos), Moby Dick (11 a 14 anos) e Tubarão (15 a 17 anos).

O projeto, que acontece desde 1963, tem o objetivo de estimular a cultura de prevenção a acidentes marítimos por meio de atividades lúdicas e orientadas. Os participantes recebem noções de preservação do meio ambiente, orientações sobre as condições do mar, sobre primeiros socorros e dicas para evitar afogamentos.

“Com o projeto mostramos os perigos que a praia pode trazer para todos. Mostramos que é um ambiente de diversão, mas que também é necessário ter responsabilidade, tanto na areia quanto dentro da água. A criança vê a figura do guarda-vidas como um agente público e absorve muito o que falamos, tendo, muitas vezes, como um exemplo. Além disso, acredito que passamos um serviço social marcante, de realmente integrar a criança na sociedade. Já acumulamos exemplos de jovens que seguiram carreira no Corpo de Bombeiros após participar do Projeto Botinho”, destacou o capitão Rafael Gomes.

Participantes recebem noções das condições do mar e meio ambiente

Marcelo Feitosa

Pelo segundo ano consecutivo, Roberta Medina, de 45 anos, leva seu filho Erick, de 10, para participar do projeto.

“Acredito muito no Projeto Botinho. Acho uma ótima ferramenta para o desenvolvimento das crianças, além da disciplina, pois com o projeto eles aprendem a obedecer uma hierarquia. Sinto que meu filho criou uma responsabilidade e aprendeu a respeitar o mar. E o mais importante é que ele se diverte muito”, disse Roberta.

Já a fisioterapeuta Rosângela Ferreira vê o projeto como uma oportunidade de “tirar as crianças de casa”. Ela leva seus dois filhos e três sobrinhos para a colônia de férias e acredita ser uma ótima forma de fugir dos programas tradicionais.
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Neste ano, o local tradicional de realização do projeto, a Praia de Icaraí, ficou de fora do projeto. Questionado, o Corpo de Bombeiros especificou que a escolha das praias que serão contempladas envolve questões logísticas e de balneabilidade. A Praia de Icaraí não estaria nos padrões. Em Maricá, também atendida pelo 4º Grupamento Marítimo dos Bombeiros (Itaipu), as aulas acontecem nas praias de Itaipuaçu e Ponta Negra.