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Trabalhadores de Charitas realizaram, na Praça da República, mais um ato contra a demolição dos 25 quiosques
Foto: Evelen Gouvêa
A Associação dos Permissionários dos Quiosqueiros de Charitas realizou, na manhã e na tarde desta quinta-feira (31), mais uma manifestação contra o despejo dos 200 trabalhadores locais e a demolição dos 25 quiosques - instalados lá desde a década de 80 - da referida praia. O ato, que contou com a presença de mais de 60 pessoas, se iniciou na manhã desta quinta-feira na Praça da República, em frente à Câmara Municipal de Niterói, no Centro.
“Viemos aqui chamar a atenção dos vereadores para o nosso caso, que é muito grave. Nós recebemos a licença para trabalhar na praia de Charitas da prefeitura, na década de 80. Acontece que a prefeitura deu a licença sem consultar a União, proprietária do espaço. E quem paga o pato somos nós? Uma das quiosqueiras tem 86 anos, imagina se ela for despejada. Quem vai dar oportunidade para ela no mercado de trabalho?”, questionou Regina Abreu, presidente da associação dos quiosqueiros.
Acompanhados dos vereadores Paulo Eduardo Gomes e Talíria Petrone (PSOL), além do líder do governo na Câmara Municipal, Milton Cal (PP), os manifestantes se direcionaram até a Prefeitura de Niterói - que já entrou com pedido de embargo a favor dos quiosqueiros, que no entanto foi negado pela Justiça - também para pleitear ajuda. Isso porque uma nova portaria do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, publicada em junho deste ano, possibilita que todas as prefeituras, inclusive a de Niterói, assumam a gestão das orlas de suas cidades.
Para Talíria Petrone, a prefeitura precisa se posicionar e reivindicar a gestão da orla de Niterói ao Governo Federal.
“Seria o ideal se a prefeitura assumisse a orla, mas isso atrelada a uma revitalização em conjunto com os trabalhadores”, opinou.
O líder de governo na Casa Legislativa niteroiense afirmou que, apesar de já ter sido proferida a decisão judicial, a prefeitura está unindo esforços para ajudar os trabalhadores.
“Eu fui até a prefeitura, a pedido dos vereadores do PSOL, Talíria e Paulo Eduardo, e com a presença deles, para tentar avançar nessa situação de Charitas. Neste mês de setembro, com data já definida, o prefeito vai receber os representantes dos quiosques pessoalmente, em seu gabinete, para tentar resolver esse impasse”, disse Cal.
A decisão de remoção dos quiosques foi determinada pela Justiça Federal, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), que alega que tais ocupações são irregulares, uma vez que a referida área pertence a União.
Trabalhadores de Charitas fazem nova manifestação
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