Um novo alento

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A economia regional ganhou forte alento nos últimos dias, graças à feliz conjunção de dois fatores positivos e que tem tudo a ver entre si. 

O primeiro deles foi a eleição -- por unanimidade -- do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, para a presidência do Conleste, consórcio de municípios dedicado a construir e executar um Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Unificado, buscando soluções conjuntas para problemas que lhes são comuns em setores tais como Saúde, Educação, Segurança, Saneamento, Transportes e Habitação. 

O segundo fator positivo foi a notícia de que a Petrobras finalmente deverá concluir o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, muito provavelmente graças a uma parceria com a poderosíssima chinesa CNPC, com a qual a nossa estatal acaba de assinar memorando de entendimentos visando a realização de uma parceria estratégica.

Vale detalhar um pouco, para o leitor, esses dois movimentos que se entrelaçam -- e cuja importância nós já havíamos salientado há tempos, inclusive em artigos aqui publicados em 2016.  Vamos lá.

Pode-se dizer que a mola propulsora para a criação do Conleste, uma década atrás, foi o advento do início das obras de instalação do tão festejado Comperj. Naquele momento histórico, quando o Estado do Rio de Janeiro comemorava o fato de ter sido escolhido para sediar o Complexo Petroquímico, viu-se que seria fundamental acelerar a integração regional dos municípios que seriam os mais afetados por um empreendimento tão vultoso. Foi o embrião do Consórcio, nascido há exatos dez anos e que hoje congrega 15 prefeituras -- Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, Rio Bonito, Tanguá, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Silva Jardim, Araruama, Saquarema, Guapimirim, Magé, Nova Friburgo e Teresópolis.

Destacamos a importância do Comperj e do Conleste em nossos artigos “Regionalizar é preciso” (setembro de 2016) e “Soluções conjuntas” (novembro do ano passado). Em ambas as ocasiões, falamos do Complexo Petroquímico e enfatizamos a necessidade de se buscar soluções compartilhadas, intermunicipais, para assuntos como a manutenção urbana, a ocupação do solo, saúde, educação, mobilidade, trânsito, transportes e proteção ambiental, entre outras frentes.

Hoje o Comperj e o Conleste voltam ao foco das atenções - e em grande estilo, porque proporcionam um alento de esperança, tanto na retomada econômica de nosso Estado, quanto no avanço de soluções integradas para os grandes desafios a serem enfrentados e vencidos.

Esperamos agora ver resultados concretos, com o Comperj sendo concluído e funcionando a pleno; e o Conleste, por sua vez, consagrando o êxito de uma visão regional conduzida com o mesmo profissionalismo, espírito público e competência já comprovados na atual gestão de Niterói.