Cada lixo tem seu lugar. Lixo hospitalar requer toda uma série de cuidados, lixo tóxico mais ainda, lixo orgânico requer atenção e lixo inorgânico merece ser reaproveitado. Na natureza nada se perde, tudo se transforma, já dizia o francês Lavoisier, considerado o pai da química moderna. O princípio é correto, mas desde que a decomposição dos materiais ocorra no lugar certo.
Isso é o que deveria acontecer com a poda dos galhos de árvores nas cidades. As árvores são importantes no meio urbano, melhoram o ambiente, fornecem sombra, tornam o cenário mais agradável, mas o lixo que advém delas requer o devido cuidado.
O abandono de galhos de árvores, verdadeiras toras de madeira, pelas calçadas além de atrapalhar a passagem de pedestres oferece risco de favorecer enchentes através do entupimento de ralos e assoreamento de rios. O material proveniente do corte de árvores, muitas vezes frondosas e altas, que está prejudicando a fiação elétrica, não pode ser despejado na rua e muito menos no passeio público.
Mas o desleixo parece estar com os dias contados: a prefeitura está intensificando a fiscalização e apertando o cerco a moradores e empresas que fazem a poda de árvores sem o descarte correto do chamado “lixo verde”.
A multa tem o valor mínimo de R$ 1.357,60 e já foi aplicada dez vezes este ano, segundo a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (Seconser) e a Companhia de Limpeza de Niterói (Clin). Também foram entregues 156 notificações de irregularidades no período.
O trabalho é lento e requer, como está sendo feito, ações educativas. Conscientização é o melhor caminho.
Verde também pode ser lixo
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