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Não bastassem alguns políticos, que há muito não orgulham os brasileiros, agora policiais estão sendo presos por prática criminosa. E não foi um caso pontual: o germe da corrupção estava disseminado no 7º Batalhão da Polícia Militar, em São Gonçalo. 

Com base em investigações da Delegacia de Homicídios de Niterói, a Polícia Civil e o Ministério Público deflagraram, na quinta-feira, uma megaoperação para cumprir 172 mandados de prisão contra policiais militares lotados ou que já haviam atuado no 7º BPM. 

Há quase seis anos, a mesma unidade militar apareceu envolvida em outra ação criminosa, o assassinato da juíza Patricia Acioli, titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, morta com 21 tiros quando chegava em casa, em Niterói. Policiais do Batalhão, incluindo o comandante à época do crime, Claudio Luiz Silva de Oliveira, receberam 11 condenações pela morte da juíza. Patricia Acioli havia sido responsável pela prisão de cerca de 60 policiais por envolvimento com milícias e grupos de extermínio. 

Parece que a morte da juíza e a condenação dos acusados pelo crime não serviram para mudar o comportamento de alguns policiais militares. Desde 2016 a Delegacia de Homicídios de Niterói vem colhendo provas de práticas criminosas, como extorsão a traficantes, aluguel e revenda de armas a bandidos e até sequestros. 

Tomara que o novo escândalo seja um marco definitivo na unidade militar: o fim de um ciclo que envergonha e a volta aos reais princípios da corporação: proteger a população do Estado e combater o crime.